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PENÚLTIMO CAPÍTULO
Capítulo 059
Começa onde terminou o capítulo anterior
Cena 001 // Mansão do Sandro // Manhã
Na sala...
Sandro (Ri) – Você só pode estar de brincadeira comigo, você não fez isso.
Cleiton – Não é brincadeira, eu sabotei a sua moto, eu fui obrigado por Ricardo a fazer isso com você.
Sandro – Obrigado? Ninguém obriga ninguém a fazer as coisas, você sabotou a moto porque você quis.
(Grita o motociclista nervoso)
Cleiton – Eu juro que eu não queria fazer isso, mas eu não tive escolha Sandro, se eu não fizesse isso, os meus pais iriam parar na cadeia.
Sandro – Você tem noção do que fez hein, tem? Eu quase morri naquele acidente.
Cleiton – Tenho sim e me arrependo, eu sei que não deveria ter cedido a chantagem daquele canalha, mas eu não poderia deixar meus pais serem presos inocentemente.
Sandro – E agora do nada resolveu me contar, escondeu de mim todo esse tempo, você não presta Cleiton.
Cleiton – Eu achei que você deveria saber, logo depois que o Ricardo foi preso e me senti seguro te contar a verdade.
(Diz o jovem quase chorando)
Sandro – Sai da minha casa, sai agora.
(Grita o jovem e encarando Cleiton)
Cleiton – Me perdoa amigo, eu não fiz isso com intenção de te matar.
Sandro – Ah não fez, e qual intenção teve então hein? Me diz.
Cleiton – Eu fiz isso para proteger os meus pais, tenta entender isso Sandro.
Sandro – Deixa eu ver se eu entendi, para proteger o seus pais, um amigo sabota a moto do outro, conta essa história para outra pessoa, não pra mim.
Cleiton – É uma pena você não acreditar em mim, eu que sempre fui seu amigo.
(Diz o jovem triste)
Sandro – Você nunca foi meu amigo, primeiro, arma para separar da minha namorada e depois arma para me matar, que amigo é esse então?
Cleiton – Eu já te expliquei isso Sandro, larga a mão de ser cabeça dura e me entende poxa, eu não fiz por mau.
Sandro – Chega, eu não quero ouvir mais nada de você, some da minha frente agora.
Cleiton – Eu vou ir embora, mas quero que você saiba que eu sempre te considerei um irmão para mim.
Sandro – Não vem com esse papo pra cima de mim não, você nunca foi meu amigo e nem meu irmão, e tem mais uma coisa, eu tenho nojo de você e me arrependo amargamente por você ter sido meu amigo um dia.
(Diz o motociclista com raiva)
Cleiton – E assim que você me retribui, depois de eu ter passado essa noite em claro ao seu lado, te dando apoio, conversando com você, esperando de notícias da Samara, você me trata assim, belo amigo que você é.
Sandro – E quem disse que sou seu amigo Cleiton? Eu era, mas depois de saber que tentou me matar, pra mim você morreu pra sempre, agora por favor vai embora, eu não quero ter que olhar pra sua cara, nunca mais.
Cleiton – Eu vou embora Sandro, mas antes de ir, eu só vou dizer só mais uma coisa, eu ainda vou provar que sou seu amigo, e você vai me perdoar, eu tenho certeza disso, passar bem.
Ele se retira da mansão...
Sandro – Vai para o inferno, que é o seu lugar, seu assassino, desgraçado.
(Diz o jovem quase chorando)
Vera chega na mansão...
Vera – O que aconteceu filho, o Cleiton saiu nervoso vocês brigaram?
Sandro – Foi ele mãe, ele que armou o meu acidente, ele tentou me matar a mando do Ricardo.
Vera – Não pode ser, o Cleiton jamais faria isso com você, ele é seu amigo.
Sandro – Ele nunca foi meu amigo, ele queria a minha morte, isso sim.
Vera – Fica calmo filho, eu vim te ver, eu soube que a bandida da Flávia sequestrou a Samara, eu fiquei preocupada com você.
Sandro – A Flávia não é a única bandida dessa história, eu já sei que você matou o pai da Samara, como você teve a coragem de fazer uma coisa dessa mãe?
(Pergunta o jovem chorando)
Vera – O seu pai te contou né? Filho eu fiz isso por ciúmes, o seu pai tinha um caso com ela no passado e eu não queria perder ele, foi por isso que armei o acidente, mas eu não tinha intenção de matar ninguém, era só para assustar, acredita em mim.
Sandro – Ultimamente não consigo acreditar em mais ninguém, todo mundo resolveu esconder as coisas de mim, impressionante isso.
Vera – Filho, não fica com raiva de mim, isso é passado, tenta me entender.
Sandro – Eu não sei mãe, eu só quero ficar sozinho, com licença.
Ele se levanta do sofá e sobe para o quarto...
Vera – Eu perdi o amor do meu filho, eu perdi tudo meu Deus.
(Diz a assistente social com as mãos sobre o rosto)
No quarto...
Sandro se deita na cama e se lembra do dia que salvou Samara...
FLASH BACK
Samara empurra ele e continua andando... ela não vê um carro se aproximando...
Sandro corre na direção dela e se joga junto com ela no chão...
Samara – Você me salvou de um atropelamento.
Sandro – Não diz nada Samara.
Os dois começam a se beijar...
DE VOLTA AO PRESENTE
Sandro – A única pessoa que estava falando a verdade para mim, e eu não acreditei, meu Deus, como eu pude ser tão ruim com ela, eu vou te encontrar Samara, eu prometo meu amor.
Ele começa a chorar...
Cena 002 // Casa de Lucimar // Manhã
Na sala....
Maria – Acabei de falar com a Socorro e nenhuma notícia da Samara, a Flávia não deu nenhum sinal de vida.
Lucimar – Se aquela desgraçada matou a minha filha, eu juro que não respondo por mim.
Adelino – Calma, a gente vai conseguir encontrar a Samara, a Flávia ela só quer aterrorizar o Sandro e vai usar ela.
Maria – A Flávia é muito imprevisível, nunca saberemos o que ela vai fazer, e isso é loucura.
Adelino – Essa mulher só pode ter parte com o diabo, nunca vi uma pessoa tão ruim a ponto de ser uma homicida
Lucimar – Ah para vai Adelino, a sua ex-mulher, matou o meu ex-marido, agora dizer que a Flávia é primeira pessoa que ruim que viu, isso é mentira.
Adelino – Tem razão, essa é uma verdade que eu não consigo aceitar.
Maria – Vamos parar de falar sobre coisas ruins, a gente precisa rezar e ter fé.
Lucimar – É tão estranho o destino, o que eu sonhava antigamente está acontecendo agora.
Maria – O que?
Lucimar – Minha filha e o pai dela juntos, aqui na minha frente.
Adelino – Foi bom ter tocado nesse assunto, eu quero saber essa história.
Lucimar – Adelino, lembra que disse a você que tínhamos uma filha, essa filha é a Maria, eu encontrei ela com a ajuda da Vera.
Adelino – Como assim? Isso só pode ser pegadinha comigo.
Lucimar – Não é pegadinha, é a mais pura verdade, ela é a sua filha.
Adelino olha emocionado para Maria...
Adelino – Minha filha, eu ajudei a minha filha, eu não sei o que dizer.
Maria e Adelino se abraçam emocionados...
Maria – Eu estou tentando encontrar as palavras certas, para descrever o que sinto diante de você, meu pai.
Adelino – Me tiraram a oportunidade de ver a minha filha crescer, de pegar no colo, de tudo que um homem sonha e deseja quando descobre que vai ser pai.
Maria – Você não tem culpa pai, eu entendo tudo que vocês passaram, eu só quero recuperar o tempo perdido nos três e com a minha irmã Samara.
Lucimar – Que Deus te ouça minha filha, ainda bem que eu tenho vocês dois comigo, eu não sei o que seria de mim, se eu tivesse sozinha aqui agora, eu não iria aguentar tudo que a vida me fez passar ultimamente.
(Diz a manicure quase chorando)
Maria – Eu nunca vou te abandonar mãe, a gente vai ser uma família feliz, a senhora vai ver, tenha fé.
O celular de Maria toca...
Maria – Eu vou atender, já volto, quem sabe é o Sandro com alguma notícia.
Ela se afasta e atende...
Maria – Sandro é você?
Raquel – Não, aqui quem falar é a Raquel, tia do Eduardo, eu gostaria de falar com você Maria.
Maria – Pode falar, eu estou te escutando bem.
Raquel – Não pode ser por telefone, você pode passar aqui na casa do Eduardo agora?
Maria – Posso sim, dentro de minutos chego aí.
Raquel – Ok, vou te esperar.
Raquel desliga...
Maria – Gente, eu vou ter que dar uma saída agora, qualquer coisa vocês me ligam.
Lucimar – Aconteceu alguma coisa?
Maria – Eu não sei, a tia do Eduardo quer falar comigo agora, eu vou ir lá na casa dele para saber, mas tarde eu volto.
Lucimar – Ok filha, cuidado, enquanto aquela bandida estiver a solta, todo cuidado é pouco.
Maria – Pode deixar mãe, eu vou me cuidar, e vocês também se cuidem e lembre-se quem tem fé consegue o que quer.
Em seguida ela deixa a casa de Lucimar...
Adelino – Quem ela puxou? Eu ou você?
Lucimar – Só o tempo dirá, enquanto isso, vamos fazer o que ela disse, ter fé de que tudo vai se resolver.
Adelino – Tem razão, mas eu percebi uma coisa nela, ela tem a sua cara Lucimar.
Lucimar – Você acha isso?
Adelino – Acho nada, eu tenho a plena certeza.
Ele pega não mão dela...
Lucimar – Não Adelino, não é hora e nem momento para isso, por favor.
Adelino – Eu não consigo resistir a você, meu amor, você sabe que eu te amo.
Lucimar – Por favor, eu disse não.
Adelino – Ok, não vou insistir.
Lucimar – Obrigada, agora fica um pouco distante de mim Adelino.
Adelino se afasta e fica triste...
Cena 003 // Cativeiro de Samara // Manhã
Flávia chega com o café da manhã para Samara...
A vilã abre a porta do quartinho...
Samara – Finalmente, já não era sem tempo Flávia.
Flávia – E quem disse que vim te soltar querida, eu apenas vim trazer o seu café da manhã, eu tenho que cuidar muito bem de você.
Samara – Mas é muita falsidade pra uma só pessoa, você só pode ser doente.
Flávia – Eu estou fazendo o bem pra você e assim que me retribui?
Samara – Eu não quero nada que vem de você, eu só quero sair daqui pelo amor de Deus, me solta por favor.
(Diz a jovem quase chorando)
Flávia – Pode implorar pra qualquer Deus, ninguém vai te tirar daqui, a partir de hoje você vai ter uma vida nova.
Samara joga a comida trazida por Flávia no chão...
Samara – Eu quero sair daqui Flávia, me tira desse lugar nojento e imundo que você me colocou.
Flávia – Eu já disse que não e se você continuar insistindo eu vou matar você.
Samara – Você é louca, devia estar internada isso sim, onde já se viu fazer isso comigo.
Flávia – Eu tenho muito motivo pra isso, lembra da surra que você me deu e do plano que armou para eu ser desmascarada?
Samara – Eu não me arrependo de ter feito isso, você merece muito mais que isso.
Flávia – Então, eu apenas estou dando o troco, jumbo trocado não dói, não é mesmo?
Samara – Desgraçada, você acha que vai conseguir me manter presa aqui pra sempre?
Flávia – E quem disse que você vai ficar aqui? Eu já arquitetei um plano para você, em breve saberá.
Samara – Vai fazer o que comigo então?
Flávia – Na hora certa você vai saber, agora deixa eu ir, tenho que resolver uma coisa muito importante.
Samara – Não me deixa aqui por favor Flávia.
Flávia – Tchauzinho Samara.
A vilã tranca o quartinho...
Samara – Flávia, não me deixa aqui eu te imploro, eu faço tudo que você quiser, me tira daqui, por favor.
(Grita a jovem desesperada)
Do lado de fora...
Flávia – Você nem imagina o que te espera Samara, você vai ir para bem longe do Sandro e nunca mais vai voltar, e o Sandro vai ser eternamente meu, só meu e de mais ninguém.
(Diz a vilã confiante)
SÃO PAULO
Cena 004 // Casa de Roberto // Manhã
Na sala...
Cristina – Amanhã é o nosso casamento, e ainda não resolvemos a questão dessa casa amor.
Roberto – Não tem o que fazer, a gente já tentou de tudo e nada.
Cristina – Tem que haver um jeito, a gente não tem para onde ir.
Roberto – Infelizmente, vamos morar na rua, não tem outro jeito, logo o fiscal e o dono do supermercado vão estar aqui.
Cristina – Eu não vou sair daqui, e quero ver quem vai me impedir de sair.
Roberto – Não podemos dificultar as coisas Cristina, a gente vai ter que ceder, não tem jeito.
Cristina – Eu não vou ceder a nada, essa casa é nossa, eu não cheguei até aqui para morrer na praia.
(Diz a vilã com raiva)
Roberto – Desse jeito você só me faz crer que você está mais interessada nessa casa do que em mim.
Cristina – Não começa com o seu drama, eu não estou com paciência pra isso agora.
Roberto – Não é drama, é a verdade.
Cristina – Fica aí com o seu drama, e eu vou resolver esse assunto.
Breno chega na sala...
Breno – Não adianta maninha, tem gente chegando já.
Cristina – Impeça eles de entrarem Breno, eu te peço maninho.
Roberto – Era esse o seu plano né sua vagabunda, confessa vai.
(Grita o ex-banqueiro nervoso)
Cristina – Que plano? Está louco?
(Diz a vilã sem entender)
Roberto – Eu já sei que você mandou o seu irmão me matar, iria fazer isso no nosso casamento, ainda bem que não contratei nada pra amanhã.
Cristina – O que? Eu ouvi bem? Você não contratou nada pro nosso casamento?
Roberto – Não e nem vou contratar, eu não vou me casar com uma pessoa que quer me matar, eu não estou louco.
Cristina – E quem quer te matar? Você só pode estar maluco.
Roberto se aproxima de Cristina e a pega no braço...
Roberto – Não se faça de burra, eu sei que você quer me matar, eu ouvi você dizer isso aquela noite na cozinha.
Cristina – Você entendeu errado, eu não quero te matar amor, eu te amo.
Roberto – Para de ser falsa Cristina, eu sei da verdade, até quando vai negar isso? Me responde, sua vadia.
Ele joga a mulher no sofá...
Breno – Machucou maninha, não faz isso com ela seu covarde.
Roberto – Não chega perto de mim, senão eu vou te arrebentar.
Cristina – Amor, é tudo mentira, era uma pegadinha minha e do meu irmão, eu jamais faria mal a você.
(Diz a vilã fingindo que está chorando)
Roberto – Para de mentir Cristina, quanto mais eu fico com raiva, mais eu tenho vontade de dar na sua cara.
Breno saca a arma do seu bolso e aponta na direção de Roberto...
Breno – Se você encostar um dedo nela, eu te mato, ouviu bem?
Roberto – Criou coragem só porque está com um revólver na mão né, impressionante como as pessoas mudam, quando tem alguma coisa que lhe fazem ter alguma segurança.
Breno – Eu vou cumprir logo o que a minha irmã pediu, eu vou matar você.
Roberto – O teu irmão te entregou Cristina, ainda vai negar que quer me matar?
Cristina fica tensa...
Cena 005 // Casa de Marcela // Manhã
Na sala...
Cida – Eu estou muito preocupada com a Gaby, eu tenho medo de algo dar errado.
Marcela – Calma Cida, vai dar tudo certo, a Gaby sabe se cuidar, se estiver em perigo, ela vai saber se virar.
Cida – A Cristina deve estar morrendo de raiva da Gaby, tenho medo dela matar a minha filha.
Marcela – Não pensa assim, pensa positivo, vai dar tudo certo.
Cida – Se eu perder a minha única filha, eu não sei o que será de mim.
(Diz a doceira chorando)
Marcela – Eu não gosto de ver você assim, eu fico tão mal.
A mulher põe a mão no rosto de Cida...
Marcela – Eu sempre vou estar aqui com você, te amo e você sabe disso.
Cida – Obrigada, você ultimamente tem sido muito gentil comigo e com a minha filha.
Marcela – É a prova do meu amor por você Cida, eu te amo.
Cida – Acho que você está me conquistando aos poucos, eu estou começando a sentir que gosto de você.
Marcela – Isso já um sinal de que está mudando Cida, eu quero que saiba que eu posso te fazer feliz Cida.
Cida – Vamos com calma Marcela, eu ainda tenho medo de me machucar, não vamos pôr a carroça na frente dos bois que não dá certo.
Marcela – Eu vou esperar o tempo que for preciso, agora me dê um abraço, não quero te ver triste.
As duas se abraçam...
Cida – Ainda bem que tenho você para me apoiar nessas horas.
Marcela – Sempre vou apoiar, e você sabe o porquê que te apoio.
As duas trocam olhares....
Enquanto isso...
Dentro do carro do falso fiscal...
Fiscal – Ainda dá tempo de desistir, você sabe muito bem como que o seu pai vai reagir e pra onde ele vai.
Gaby – Eu não vou desistir, se eu cheguei até aqui, eu vou continuar, o meu pai merece isso.
Fiscal – Então vamos lá, se prepara Gaby.
Gaby começa a chorar ao se lembrar da sua infância....
FLASH BACK
Na praça // Tarde
Gaby – Pai, pai, me ajuda a construir um castelo de areia?
Roberto – Claro, vamos construir um bem grande.
Os dois começam a construir...
Em outra lembrança...
Cozinha // Noite
Gaby – Pai, experimenta esse brigadeiro que fiz.
Roberto – Será que está bom?
Ele experimenta...
Gaby – Gostou pai?
Roberto – Sim, está do jeito que a sua mãe faz filha.
Gaby – Te amo pai.
Roberto – Eu também filha.
Os dois se abraçam...
Roberto – Agora, vai lá se trocar pra gente jantar, antes que a sua mãe chega e briga com a gente.
DE VOLTA AO PRESENTE
Gaby – Eu sempre vou te amar pai, mas eu não posso deixar que você tire a casa minha e da minha mãe.
(Diz a jovem chorando)
Cena 006 // Casa de Roberto // Manhã
Na sala...
Roberto – O seu silêncio diz tudo, eu nunca imaginei que você fosse assim Cristina, eu te amei verdadeiramente e provei esse amor.
Cristina – Amou pouco, quantas vezes eu tive que implorar que você pedisse o divórcio pra nojenta da Cida hein, mas não, demorou muitos anos para isso acontecer.
(Diz a vilã com raiva)
Roberto – Você é ingrata, eu te dei tudo que você queria, eu banquei os seus gostos e o que você me dá em troca? Ingratidão.
Cristina – Você não fez mais do que a obrigação, eu sempre sonhei com alguém que me bancasse e esse alguém foi você, que por sinal você tem um bom gosto.
Roberto – Você me dá nojo Cristina, não passa de uma interesseira, só esteve comigo por causa do meu dinheiro, mas não se esqueça que fui eu que tirei você da miséria, se você está assim hoje, foi graças a mim.
Cristina – Eu nunca fui pobre Roberto, eu só estava fingindo isso pra você, eu sou rica, milionária, eu tenho uma conta bancária muito gorda.
Roberto – Desgraçada, como pode mentir pra mim? Que sou seu homem.
Cristina – Da mesma forma que você mentiu pra mim, você acha que eu não sei das fotos da sua ex-mulher, que você escondia nas suas coisas.
Roberto – Isso é mentira, eu nunca menti pra você Cristina, sempre fui transparente, para de ser paranoica.
(Grita o ex-banqueiro chorando)
Cristina – Você escondia essas fotos dentro da sua caixa, eu descobri esses dias.
Roberto – Eu não amo a Cida, eu amo é você Cristina.
Cristina – Ama nada, se amasse não guardaria fotos daquela nojenta nas suas coisas.
Breno – Vamos matar logo ele maninha, antes que as pessoas chegam aqui.
Cristina – Calma, a gente não vai matar ele com tiro, eu tenho uma ideia melhor.
Roberto – Vocês estão loucos, vão matar de novo?
Cristina – Sim, eu preciso dessa casa, com o dinheiro dela, meu patrimônio vai só aumentar.
Roberto – Dinheiro não é tudo nessa vida Cristina, do que adianta ter tanto dinheiro e não ser feliz?
Cristina – Lá vem lição de moral, eu mereço.
A campainha toca...
Breno – São eles, e o que a gente vai fazer Cristina?
(Pergunta o jovem apontando a arma em direção de Roberto)
Cristina fica apreensiva....
PAULÍNIA
Cena 007 // Casa de Eduardo // Manhã
Na sala...
Raquel – Acho que você não me conhece, mas me chamo Raquel, sou irmã da Rita mãe de Eduardo e Flávia.
Maria – Eu nunca ouvi falar de você, eu cheguei a conhecer a Rita, ela era um amor de pessoa.
Raquel – Minha irmã não era muito de falar da família dela, sempre preferiu esconder, eu não sei porque.
Maria – Mas afinal, porque me chamou aqui?
(Pergunta a jovem curiosa)
Raquel – Eu sei que você estava namorando com o meu sobrinho, e agora não está mais, mas acho que você deve gostar dele ainda.
Maria – Você me chamou pra falar sobre ele né, se for isso eu não quero ouvir, me desculpa.
Raquel – Espera, eu não tenho mais a quem recorrer, a irmã dele está nem aí pra ele.
Maria – Eu e o Eduardo não temos mais nada, não tenho motivo algum pra eu saber dele, a nossa história durou o que tinha pra durar.
Raquel – Isso é o que você diz, mas seu coração não diz isso.
Maria – Eu não quero brigar, muito menos discutir com você, mas o que vem do Eduardo não me interessa mais, eu já disse isso.
Raquel – O Eduardo sofreu um grave acidente, e ficou paraplégico.
Maria – Mentira isso, você está falando isso pra me manter aqui.
Raquel – Não é mentira, é verdade, eu não brincaria sobre esse assunto.
Maria – Me prove então.
Raquel – Me acompanhe até o hospital, e você verá que estou falando a verdade.
Maria – Ok.
As duas saem juntas...
No hospital...
Raquel – Agora é hora da visita, só pode uma pessoa, eu vou deixar você entrar.
Maria – Você acha que eu vou cai no seu truque Raquel, você está mentindo pra mim.
Raquel – Não estou, vai agora perguntar na recepção e você verá que estou falando a verdade.
Maria – Se for mentira, eu vou descer a minha mão na sua cara.
Ela vai até a recepção...
Maria – Bom dia, eu gostaria de saber se tem algum Eduardo Ribeiro internado aqui no hospital.
Recepcionista – Bom dia, tem sim, ele se encontra na UTI
Maria – Como ele está, eu quero ver ele.
(Diz a jovem quase chorando)
Na UTI...
Maria entra...
Maria – Meu amor, como isso foi acontecer com você, nunca correu quando dirige.
(Diz a jovem chorando)
A jovem passa a mão no rosto dele e ele acorda...
Eduardo – Maria, o que faz aqui? Onde eu estou?
Maria – Graças a Deus acordou, calma, você está na UTI, sofreu um acidente de carro.
Eduardo – Eu quero sair desse hospital, eu preciso acertar minhas contas com a Flávia, ela matou a minha mãe.
Maria – Amor, você não pode ficar agitado, fica calmo.
Eduardo – Eu não estou sentindo as minhas penas, o que está acontecendo comigo?
(Pergunta o jovem desesperado)
Maria começa a chorar...
Maria – É triste ver a pessoa que a gente ama assim, e não poder fazer nada.
Eduardo – Me responde, por que eu não estou sentindo as minhas pernas?
Maria chorando responde...
Maria – Você ficou paraplégico, você não pode mais andar.
Eduardo se entristece ao ouvir Maria....
Cena 008 // Mansão de Sandro // Manhã
No quarto de Sandro...
Vera – Filho, deixa eu entrar, eu quero te dar apoio.
Sandro – Eu não quero apoio seu, me deixa em paz, chega de tantas pessoas falsas na minha vida.
Vera – Eu exijo que você abre essa porta, eu sou sua mãe.
Sandro – Uma mãe assassina, isso sim, agora me deixa em paz mãe.
O celular de Sandro toca e ele rapidamente atende...
Sandro – Flávia, eu sei que é você, cadê a Samara?
(Pergunta o jovem preocupado)
Flávia – Calma, está muito apresado meu amor.
Sandro – Eu quero saber onde está ela, pelo amor de Deus me fala.
Flávia – Mas esse povo gosta de usar o nome de Deus em vão hein.
Sandro – Quanto você quer pra libertar a Samara, me fala.
(Diz o motociclista desesperado)
Flávia – Olha, ele está apresado mesmo hein, quer ver a amada logo né.
Sandro – Para de fazer brincadeira Flávia, eu quero saber dela.
Flávia começa a rir...
Sandro – Você é louca, eu fui muito burro em ter ficado com você, se eu soubesse que você era um monstro eu não teria me casado com você.
Flávia – Meu querido, pela lei a gente continua casados, e acho bom você diminuir o seu tom de voz comigo, lembre-se que a vida da sua amada está correndo perigo.
Sandro – Fala logo o que você quer Flávia, eu estou disposto a fazer qualquer coisa.
Flávia – Agora eu estou me interessando pela nossa conversa, eu quero ver essa sua disposição para ter a Samara de volta.
Sandro – Para de enrolação e fala logo, antes que eu perca a paciência com você.
(Diz o jovem bravo)
Flávia – Achei que tivesse perdido já, mas enfim, eu liberto a Samara com uma condição, que você fuja comigo, só nos dois juntos.
Sandro – Ficou maluca? Eu não vou fazer isso não, fugir com você jamais.
Flávia – Ou você faz isso, ou a sua amada morre, quem decide é você Sandro, ouviu bem?
Sandro fica pensativo...
FORMA-SE UM TABULEIRO DE XADREZ EM SANDRO
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