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Capítulo 054
Começa onde terminou o capítulo anterior
Cena 001 // Casa de Maria // Manhã
Na porta de casa...
Maria – O que houve senhora? Por que está chorando?
(Pergunta a jovem preocupada)
Lucimar – Eu estou emocionada e feliz por ter reencontrado a minha filha.
Maria – Como assim?
Lucimar – Você é a minha filha, você se chamava Isabely, o nome que eu tanto gostava.
Maria – Não estou entendendo nada, alguém pode me explicar o que está acontecendo?
Vera – Ela vai te explicar Maria, fique calma.
Maria – Vera achei que as visitas não eram mais necessárias.
Lucimar – Eu quero poder explicar tudo a você minha filha.
Maria – Entrem, lá dentro a gente conversa melhor.
Lucimar e Vera entram...
Vera – Desde da minha última visita, vejo que o Júnior cresceu bastante.
Maria – Cresceu mesmo, acho que vai puxar o pai.
Lucimar – Vera você poderia nos deixar sozinha, eu quero conversar com ela em particular.
Vera – Eu vou lá pra dentro com o Júnior.
A assistente social pega a criança e vai para o quarto...
Lucimar – Agora a gente vai conseguir conversar em paz.
Maria – Eu quero entender, como a senhora pode ser a minha mãe?
(Pergunta a jovem desconfiada)
Lucimar – Eu e o seu pai Adelino, tivemos um caso no passado, eu era casada com outro cara.
Maria – Adelino eu conheço, ele me ajudou numa coisa, que não vem ao caso agora, continua contando.
Lucimar – Quando eu descobri que estava grávida, eu tentei de tudo pra esconder essa gravidez, mas não consegui, o Marcelo descobriu ela.
Maria – E o que você fez?
Lucimar – Eu esperei você nascer, quando nasceu, ele tomou você de mim.
FLASH BACK
Hospital // Quarto// Tarde
Marcelo – Me dá essa criança agora Lucimar.
Lucimar – O que você vai fazer com ela?
(Pergunta a jovem quase chorando)
Marcelo – Você nunca mais vai ver essa criança, ela não é fruto do nosso casamento.
Lucimar – É fruto do meu amor pelo Adelino, eu não vou deixar você pegar ela.
Marcelo – Não me faça perder a minha paciência com você.
Lucimar – Vai ter que me matar para pegar ela de mim.
Marcelo pega a criança a força...
Lucimar – Me devolve a minha filha, eu não quero você faça mal a ela.
(Grita a jovem chorando)
Marcelo – Diga a adeus para essa bastarda.
Ele sai com a criança no colo...
Lucimar – Minha filha não, devolve a Isabely, alguém pega a minha filha.
(Grita a jovem desesperada e chorando)
DE VOLTA AO PRESENTE
Lucimar – Foi assim que tiraram você de mim, minha filha, eu não pude fazer nada.
Maria – Eu não sei o que dizer, minha mãe adotiva nunca me disse isso.
(Diz a jovem quase chorando)
Lucimar – Desde daquele dia, eu escondi do seu pai Adelino que ele tinha uma filha.
Maria – Por que fez isso?
Lucimar – Medo, eu tinha muito medo do que aconteceria, mas o importante é que eu te reencontrei minha filha, depois de muitos e muitos anos.
(Diz a manicure emocionada)
Maria – Eu estou triste e feliz ao mesmo tempo, não consigo dizer o que estou sentindo agora.
Lucimar – Não precisa dizer nada minha filha, a gente não tem culpa das maldades que sofremos. Me dê um abraço filha, eu quero muito te abraçar.
As duas se abraçam emocionadas...
Maria – Depois de tudo que eu sofri ultimamente, saber que tenho uma mãe, me deixa tão feliz.
Lucimar – Eu estou feliz também, agora tenho duas filhas, a Maria e a Samara, quero ver vocês duas juntas comigo lá em casa.
Maria – Não sei o que dizer mãe.
As duas ficam se olhando emocionadas...
Cena 002 // Casa de Raquel // Manhã
Na sala...
Eduardo – Você só pode estar de brincadeira comigo tia, eu não posso ser filho dele.
(Diz o jovem surpreso)
Raquel – Mas você é, sua mãe escondeu de todos isso, pois tinha vergonha de dizer que você Eduardo, nasceu de um programa que ela fez com ele.
Eduardo – Programa? Você está querendo me dizer que a Rita era prostituta?
(Pergunta o mecânico quase chorando)
Raquel – Exatamente, ela nunca contou isso a ninguém, só pra mim é claro.
Eduardo – Eu não consigo acreditar nisso, isso só pode ser um pesadelo.
(Diz o jovem chorando e nervoso)
Raquel – Eduardo, a sua mãe e o Antônio se conheceram numa boate, nessa boate ela fazia programa, e foi aí que ela e o Antônio se envolveram.
Eduardo – Minha mãe nunca me disse isso, ela sempre dizia que eu era filho do Tadeu.
Raquel – Ela tinha medo de você não aceitar ela, quando ela casou com o Tadeu, ela não era mais prostituta.
Eduardo – E enquanto a Flávia, ela nasceu de um programa?
Raquel – Depois que ela engravidou de você, eles tiveram a Flávia, mas ela não foi de programa, e sim do casamento que eles tiveram.
Eduardo – Droga, a minha mãe era prostituta, que vergonha eu estou sentindo agora.
Raquel – Era por isso que ela me fez jurar não contar nada pra você, pois sabia que você iria reagir assim.
Eduardo – Seja sincera comigo tia, a Flávia sabia disso? Ela sabia de tudo isso que você me contou.
Raquel – De mim ela nunca soube, a não ser que o pai de vocês tivesse contado, aí já não é comigo.
Eduardo – Acho que já ouvi tudo que precisava saber, esse passado nojento da minha família.
Raquel – Isso não é tudo Eduardo, já que estou falando tudo, eu vou te contar a verdadeira causa da morte da sua mãe.
Eduardo – Ah não, tem mais coisa?
Raquel – Sim, a sua mãe não morreu naturalmente, ela foi assassinada pelo Antônio.
Eduardo – Como é que é?
Raquel – A sua mãe descobriu um caso do Antônio e descobriu também que ele traficava pessoas, então o seu pai e a Flávia armaram a morte de sua mãe, na época a Flávia tinha 19 anos e já ajudava o pai nesse negócio sujo
(Diz a secretária com raiva)
Eduardo – Deixa eu ver se eu entendi, está me dizendo que a Flávia ajudou na morte da própria mãe dela?
(Pergunta o jovem surpreso e com raiva)
Raquel – Sim, a Flávia não é essa flor de pessoa que vocês conhecem, essa mulher não presta, é uma verdadeira bandida.
Eduardo – Mas isso não vai ficar assim, ela vai se arrepender de ter feito isso, a se vai.
O mecânico sai nervoso da casa da tia...
Raquel – Volta aqui Eduardo, você não pode sair desse jeito, vai acabar sofrendo um acidente.
(Diz a tia preocupada)
Ela pega o carro dela e segue o sobrinho...
Cena 003 // Casa de Cleiton // Manhã
Na sala...
Cleiton – Já faz uma semana que a Gaby viajou e até agora não voltou.
Pedro – Ela deve estar resolvendo aquele assunto da mãe dela, relaxa filho.
Cleiton – Sei não pai, e se ela me trair ou me trocar por outro?
Pedro – Ela não vai fazer isso, ela te ama, dá pra perceber isso.
Cleiton – Sei não hein, no mundo de hoje não dá para confiar em ninguém.
Pedro – Em vez de ficar preocupado pensando na Gaby, deveria pensar num jeito de contar para o Sandro a armação sua com o Ricardo.
Cleiton – Eu já disse que na hora certa o Sandro vai saber, calma, eu não vou fugir da minha responsabilidade.
Pedro – Pelo visto parece que vai, só fica pensando em Gaby.
Cleiton – Eu vou pro meu quarto, daqui a pouco eu tenho que sair, vou me trocar.
Pedro – Você não gosta de ouvir verdades, por isso está fugindo da sua.
Cleiton – Vê se não enche, me deixa em paz pai.
Ele sobe para o quarto e bate à porta...
No quarto...
Cleiton se senta na cama e resolve ligar para Gaby...
Cleiton – Ela vai se ferrar senão me atender agora.
Gaby – Amor? Que saudades de ouvir sua voz.
Cleiton – Sou eu amor, eu estava com saudades e por isso te liguei.
Gaby – Será mesmo que ligou por isso?
(Pergunta a jovem desconfiada)
Cleiton – Sim, eu precisava ouvir sua voz pra me acalmar.
Gaby – Ainda bem que ligou amor, eu estou voltando dentro de dois dias, eu estou terminando uma coisa para minha mãe, amanhã será o ponto final dessa história do meu pai com a minha mãe.
Cleiton – Graças a Deus, eu já não aguento mais ficar aqui sem você amor.
Gaby – Calma daqui dois dias eu estou voltando, aguenta mais um pouco, agora preciso desligar senão vai acabar meus créditos, depois a gente se fala.
Cleiton – Ok amor, te amo.
Gaby – Eu também te amo, e te amo muito hein, não esqueça disso.
*A jovem desliga...*
Cida se aproxima...
Cida – Esse seu marido se preocupa muito com você né filha.
Gaby - Sim, sinal que gosta de mim não acha?
Cida – Sim, mudando de assunto, está preparada para amanhã à tarde?
Gaby – Sempre estou preparada, inclusive já achei o falso fiscal, está quase na hora da gente dá o troco naquele canalha.
Cida – Assim que se fala filha, seu pai vai pagar muito caro por ter feito isso com a gente.
(Diz a doceira confiante)
Cena 004 // Casa de Maria // Manhã
Na sala...
Lucimar – Agora eu preciso ir minha filha, tenho que resolver umas coisas, mas antes eu quero te fazer um convite.
Maria – Qual?
Lucimar – Vem morar comigo filha, eu quero recuperar o tempo perdido, ter as minhas duas filhas juntas.
Maria – Eu vou pensar mãe, não posso tomar uma decisão desse tipo sem antes pensar.
Lucimar – Tem razão, me leva para se despedir do Júnior?
Maria – Claro, vem comigo mãe.
As duas vão juntas de mãos dadas até o quarto...
Vera – O Júnior acabou de pegar no sono, eu estava brincando com ele.
Maria – Ela quis vim se despedir do Júnior.
Lucimar – Estou tão feliz em saber que tenho um neto, o meu sonho sempre foi ter um neto e agora estou realizando ele.
Vera – Eu vou te esperar lá fora, com licença.
Vera se retira...
Lucimar – Posso pegar ele filha?
Maria – Claro, não precisa nem pedir para mim mãe.
Lucimar pega Júnior no colo e se emociona...
Lucimar – Hoje eu ganhei dois presentes de Deus, reencontrei minha filha e conheci o meu neto, ele é a sua cara Maria.
Maria – Eu achava que ele tira a cara do pai dele, mas acho que me enganei.
Lucimar – Quem é o pai dele?
Maria – O Eduardo, o irmão da Flávia, só Deus sabe o que eu passei nas mãos dessa mulher.
Lucimar – Essa mulher eu não conheço pessoalmente, mas posso afirmar que é uma pessoa má, ela prejudicou a minha filha no passado e continua prejudicando.
Maria – Tenho tanta pena do Eduardo, ele é cego, não consegue enxergar a irmã que tem, já cansei de alertar.
Lucimar – Tem gente que não consegue enxergar maldade nos outros, e o Eduardo é assim pelo que você me falou agora.
Maria – Se a Flávia não tivesse aprontado comigo, hoje eu estaria com o Eduardo criando o nosso filho.
(Diz a jovem triste)
Lucimar – Logo vocês vão estar juntos, a mentira nunca prevalece nesse mundo, uma hora ou outra, ela sempre é descoberta.
Maria – Deus te ouça mãe, sinto tanta falta do Eduardo, você nem imagina.
Lucimar – Você deve amar muito ele, eu vejo isso nos seus olhos.
Maria – Sim, a única coisa que me deixou de pé até hoje foi o Júnior, por ele eu fui obrigada a fazer coisas que eu nunca fiz na minha vida, só de lembrar eu me sinto mal.
Lucimar coloca Júnior no berço e se aproxima da filha e diz...
Lucimar – Esquecer totalmente a gente nunca consegue, sempre haverá algo que nos fará lembrar, por isso precisamos sempre lutar contra essas lembranças ruins.
Maria – Tem razão, preciso ser forte e tentar esquecer um pouco do que aconteceu comigo, não vai ser fácil, mas também não vai ser difícil.
Lucimar – Assim que se fala filha, agora me dê um abraço bem apertado e nunca se esqueça que você tem uma mãe que sempre estará do seu lado, pro que der e vier.
As duas se abraçam emocionadas...
Lucimar – Agora preciso ir minha filha, tenho outras coisas para resolver, sempre que precisar pode me ligar que venho correndo.
Maria – Pode deixar mãe, agora eu posso dizer que tenho uma mãe.
Lucimar – Fique bem minha filha, e lembre-se, depois da tempestade, vem a calmaria, tchau filha.
Maria – Nunca vou me esquecer disso, tchau mãe.
As duas se abraçam e em seguida a manicure se retira...
Do lado de fora...
Vera – Achei que iria morar lá dentro, já faz quase 30 minutos que estou esperando você.
Lucimar – Esperou por que quis, eu não mandei esperar.
Vera – Eu hein, eu só comentei.
Lucimar – Eu não me esqueci do que você aprontou comigo, agora me faça o favor de me deixar em paz.
A manicure se retira brava...
Vera – Isso que dá ajudar os outros, nem obrigado eu recebi.
(Diz a assistente social triste)
Cena 005 // Rua // Manhã
No carro de Raquel...
Raquel – Eu preciso dar um jeito de parar o carro de Eduardo, antes que aconteça uma tragédia.
Ela acelera e tenta se aproximar do carro do sobrinho...
No carro de Eduardo...
Eduardo está dirigindo e se lembra do que Raquel lhe contou...
FLASH BACK
Raquel – Mas você é, sua mãe escondeu de todos isso, pois tinha vergonha de dizer que você Eduardo, nasceu de um programa que ela fez com ele.
Eduardo – Programa? Você está querendo me dizer que a Rita era prostituta?
(Pergunta o mecânico quase chorando)
Raquel – Exatamente, ela nunca contou isso a ninguém, só pra mim é claro.
Eduardo – Eu não consigo acreditar nisso, isso só pode ser um pesadelo.
(Diz o jovem chorando e nervoso)
Raquel – Eduardo, a sua mãe e o Antônio se conheceram numa boate, nessa boate ela fazia programa, e foi aí que ela e o Antônio se envolveram.
Eduardo – Minha mãe nunca me disse isso, ela sempre dizia que eu era filho do Tadeu.
DE VOLTA PRESENTE
Eduardo – Isso é mentira, eu não sou filho de uma prostituta, eu não nasci de um programa que ela fez.
(Diz o mecânico nervoso e chorando)
Ele continua com o carro acelerado...
No carro de Raquel...
Raquel – Ele vai acabar batendo o carro, ele está correndo demais, eu preciso fazer alguma coisa.
(Diz a secretária preocupada com o sobrinho)
No carro de Eduardo...
Eduardo se recorda de várias lembranças com sua mãe, e começa a chorar...
Ele não vê um carro vindo na sua direção e acaba capotando várias e várias vezes...
Dentro do carro da Raquel...
Raquel – Eduardo, meu Deus, eu sabia que isso iria acontecer.
(Diz a secretária apavorada)
A mulher para o carro e desce...
Raquel – Preciso ligar para a ambulância, eu não consigo lembrar o número, e agora?
(Diz a mulher desesperada e quase chorando)
FORMA-SE UM TABULEIRO DE XADREZ EM RAQUEL
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