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Reta Final
Capítulo 046
Começa onde terminou o capítulo anterior
Cena 001 // Mansão do Sandro // Manhã
Na sala...
Adelino – Eu já sei de tudo que você fez para essa jovem, e não adianta negar.
Flávia – Eu não fiz nada, ela está inventando isso, ela nunca gostou de mim e inventou essas mentiras de mim.
Adelino – Chega de mentiras Flávia, eu não acredito mais nelas, eu fui cego em relação a você sua bandida.
(Diz o homem com raiva)
Flávia – Eu estou falando a verdade, eu não aprontei nada.
Adelino dá um tapa na cara de Flávia...
Adelino – Você merece muito mais do que esse tapa, mas como eu não sou seu pai não posso fazer isso.
Flávia – Desgraçado, eu vou acabar com você.
Adelino – Agora sim está se mostrando a verdadeira Flávia, bem que a Vera tinha razão, ela sempre percebeu a mau-caráter que você é.
Flávia – A sua mulher é muito burra, eu sempre odiei ela, sempre estava implicando com o meu namoro com o seu filho.
Adelino – Ela estava totalmente certa, eu que estava errado, meu Deus como eu não acreditei nela.
Flávia – Agora é tarde demais para se lamentar Adelino.
Maria – Essa aí só tem cara de anjo, mas na verdade não passa de uma bandida da pior espécie.
Flávia – Não se intromete, isso aqui é assunto de família.
(Grita a vilã brava)
Adelino – Eu não nunca vou ser da mesma família que você sua cobra, eu tenho pena do Sandro estar casado com uma bandida, mas eu não vou ficar aqui perdendo meu tempo discutindo com você, eu quero saber onde você escondeu o filho da Maria?
Flávia – Que filho? Eu não sei do que você está falando.
Maria – Não se faça de desentendida, fala aonde você escondeu o Junior, sua desgraçada.
Flávia – Nessa altura ele deve estar bem longe daqui, muito longe mesmo, talvez até com outra família.
Adelino – Eu não acredito que você teve essa coragem de vender a criança.
Flávia – Eu não vendi porcaria nenhuma, eu deixei ele no orfanato da Olívia.
Maria – Fala onde é esse orfanato agora.
Flávia – Não vou falar, se quiser saber descubra sozinha.
Adelino – Vai falar sim, senão falar eu vou chamar a polícia e te entregar.
Flávia – Você não tem prova nenhuma contra mim, não adianta me denunciar sem provar o que está falando.
Maria – Eu estou perdendo a minha paciência com você, fala logo onde é este orfanato.
Adelino – Calma, não precisa partir para ignorância, não vale a pena você sujar suas mãos com essa cretina.
Flávia – O orfanato é o do centro, ao lado de uma igreja católica, eu não lembro direito a rua.
Adelino – Se você tiver mentindo para mim, eu vou contar tudo para o Sandro.
Flávia – Experimenta contar, eu acabo com você e com a sua mulherzinha à Vera.
Maria – Vamos Adelino, não podemos perder tempo, a vida do meu filho está em jogo.
Adelino – Tem razão, vamos logo, e o que é seu está guardado Flávia, pode apostar que está.
Flávia – Eu não tenho medo da sua ameaça, saem agora da minha casa.
Maria – Você vai pagar por todo o mau que me causou, por cada lagrima que fez eu derramar e por ter sumido com o meu filho.
(Diz a jovem encarando a vilã)
Flávia fica tensa....
Em seguida, Maria e Adelino saem para o orfanato...
Flávia – Isso que veremos Maria, eu avisei, você não me deu ouvido e agora vai sofrer as consequências.
A vilã pega o celular e liga para Olívia...
Flávia – Olívia, sou eu, a Maria já sabe que o Junior está aí, eu não consegui esconder dela.
Olívia – Ah não Flávia, isso não podia ter acontecido.
Flávia – Você acha que eu queria? Eu estou com raiva dessa mulher, mas enfim eu preciso de um favor seu.
Olívia – Diga, o que estiver no meu alcance eu farei.
Flávia – Mata o Junior, eu quero ele morto antes dela chegar aí.
Olívia – Está maluca? O trato não era esse Flávia.
Flávia – Ou você mata ele, ou quem morre é você, está nas suas mãos Olívia.
(Diz a vilã nervosa)
Em seguida, ela desliga...
No orfanato...
Olívia olhando para o Junior diz...
Olívia – O que eu vou fazer agora, eu não posso matar uma criança, essa mulher só pode estar louca, coitado do Junior.
(Diz a diretora do orfanato pensativa)
Cena 002 // Casa de Lucimar // Manhã
Na sala...
Lucimar – Eu que estava pensando alto, só isso Anselmo.
Anselmo – Sei, a senhora acha que me engana?
Lucimar – Eu não estou mentindo, eu estava pensando sobre o que fazer de almoço hoje, já que não posso ir trabalhar.
Anselmo – Sei, onde a Samara está?
Lucimar – Não sei, ela não me disse aonde iria, eu também não perguntei.
Anselmo – Para de mentir, eu escutei muito bem a Samara falando que iria na delegacia.
Lucimar – Se escutou, por que perguntou então?
Anselmo – Droga, eu tenho certeza que ela foi conversar com o Sandro, depois de tudo que ele fez, ela tem a coragem de falar com ele.
Lucimar – Eu tenho minhas dúvidas, quando vi o Sandro no salão, ele estava desesperado, nem parecia que tinha destruído o meu salão.
Anselmo – O que você quis dizer com isso?
Lucimar – Eu não quis dizer nada, eu apenas comentei que pode não ter sido ele que fez isso.
(Diz a manicure desconfiada de Anselmo)
Anselmo – Está insinuando que fui eu o responsável pela destruição do seu salão?
Lucimar – Eu não estou insinuando nada, não coloque palavras na minha boca.
Anselmo fica tenso...
Lucimar – Eu vou para o meu quarto, tenho que ver umas coisas que o José deixou para mim.
Ela sobe para o quarto dela e Anselmo fica na sala pensativo...
Anselmo – Eu preciso falar com a Flávia urgentemente.
O vilão pega o celular e liga para Flávia...
Anselmo – Flávia, precisamos conversar, eu acho que o plano deu errado.
Flávia – Como o assim o plano deu errado?
Anselmo – Eu destruí o salão, liguei para a polícia e atrai o Sandro e ele foi pego em flagrante.
Flávia – Sei, pelo que vi o plano deu certo.
Anselmo – Eu não estou falando disso, eu vou direto ao assunto, a Samara foi atrás do Sandro na delegacia, a mãe dela já está desconfiando de mim.
Flávia – Mas é muito amadorismo da sua parte em Anselmo, como você pode deixar isso acontecer?
Anselmo – Não me julgue Flávia, eu estou preocupado, o que a gente vai fazer?
Flávia – Calma, eu já estou pensando num plano, mas eu não vou poder executa-lo, vai ser você.
Anselmo – Que plano?
Flávia – Você vai fazer o seguinte... (corta a fala dela)
Cena 003 // Delegacia // Manhã
Samara chega na delegacia...
Samara – Bom dia, eu queria falar com o Delegado sobre o Sandro.
Tadeu – Bom dia, o delegado não está, ele teve que sair para uma ocorrência.
Samara – Ele vai demorar?
Tadeu – Sim, o que você queria com ele?
Samara – Eu queria visitar o Sandro, eu preciso falar com ele.
Tadeu – Eu vou mandar chamar ele, e vocês conversam na sala do delegado.
Samara – Ok, muito obrigada, é muito importante o que eu tenho para falar com ele.
Tadeu – De nada, eu já volto.
Alguns segundos depois...
Na sala do delegado...
Sandro – O que você quer comigo? Vai continuar me acusando de um crime que não cometi?
Samara – Eu não vim te acusar, pelo contrário eu acho que fui injusta com você.
Sandro – Finalmente percebeu a burrada que fez, me acusar pela destruição do seu salão.
Samara – Eu cometi um erro sim, e estou aqui disposta a corrigir esse erro.
Sandro – Como você vai fazer isso?
Samara – Eu vou retirar a queixa contra você, a minha mãe não sabe que vou fazer isso.
Sandro – Você só pode estar de brincadeira comigo, não consigo acreditar que vai fazer isso.
Samara – Pois pode acreditar, eu vou fazer isso para provar que eu te amo e eu estou sofrendo por ver você aqui preso.
Sandro – Esse papo de novo não, você não me ama.
Samara – Amo sim, você está cego e não consegue enxergar isso, aquela mulher te cegou Sandro, pelo amor de Deus, até quando você vai duvidar de mim?
Sandro – Não tem cabimento você acusar a Flávia de nos separar no passado, sem provar isso.
Samara – Eu vou provar isso, e você vai ver que eu estou certa.
Sandro – Mas eu não estou preocupado com isso agora, eu só quero sair daqui.
Samara – Eu já disse que vou corrigir o meu erro com você, fique calmo.
Sandro – Só mais uma coisa, não é porque você está me ajudando que muda alguma coisa, pelo contrário meus sentimentos por você continua os mesmos.
Samara – É uma pena você não acreditar em mim, eu estou falando a verdade e você não se importando.
Sandro – Você me deu motivo para eu não acreditar em você.
Samara – Eu vou esperar o delegado lá fora, passar bem Sandro.
Ela se levanta e vai para o lado de fora chorando...
Sandro – Graças a Deus a verdade está aparecendo e vou ser inocentado.
(Diz o jovem confiante)
Do lado de fora...
Tadeu se aproxima de Samara...
Tadeu – Aconteceu alguma coisa?
Samara – Não, eu estou bem, é que eu só estou com resfriado, não se preocupe.
Tadeu – Qualquer coisa, é só me chamar.
Samara – Obrigada, eu vou esperar o delegado chegar.
Ela se senta na cadeira e fica pensando em tudo que aconteceu...
Cena 004 // Escritório de Ricardo // Manhã
Na sala do empresário...
Ricardo está no telefone com o representante do campeonato de motocross...
Ricardo – Isso é uma injustiça que vocês estão fazendo, ele não pode ser desclassificado.
Representante – Não é não, ele cometeu um crime e está preso, nos do torneio achamos melhor ele não continuar.
Ricardo – Que absurdo, eu vou processar vocês por terem feito isso.
Representante – São as regras e você sabe muito bem delas.
Ricardo – Façam o que vocês quiserem, não vou discutir com vocês.
Representante – Já está decidido, não se fala mais nisso.
O representante desliga o celular...
Ricardo – Desgraçados, vocês arruinaram minha vida, eu perdi o dinheirão que eu iria receber.
(Diz o vilão com raiva)
Ele se senta e fica pensando numa forma de poder incluir na próxima corrida...
Ricardo – Ele precisa estar na final, eu vou arrumar algum jeito de conseguir por ele para competir na final...
(Diz o vilão confiante)
Cena 005 // Casa de Cleiton // Manhã
No quarto...
Cleiton acorda, com dor de cabeça...
Cleiton – Desse jeito que estou, eu não vou conseguir disputar a corrida hoje, é melhor eu nem ir.
(Diz o jovem quase dormindo)
Pedro entra...
Pedro – Bom dia filho, está melhor?
Cleiton – Bom dia pai, minha cabeça está doendo muito, acho que vai explodir de tanta dor.
Pedro – Você bebeu demais ontem, eu nunca vi você daquele jeito Cleiton.
Cleiton – Eu errei pai, me perdoa.
Pedro – Nunca ninguém da nossa família ficou bêbado, você é o primeiro e tomara que seja o último também, vício não é bom.
Cleiton – Hoje eu tinha corrida, mas desse jeito que estou, não dá nem para dirigir direito.
Pedro – Filho, eu e sua mãe queremos conversar com você, eu vou dar um tempo para você trocar de roupa e tomar café e depois a gente vai ter uma conversa séria.
Cleiton – Sobre o que?
Pedro – Sobre uma coisa que você disse ontem e ficamos pensando a noite inteira sobre isso.
Cleiton – Não estou gostando disso, mas fazer o que né? Não posso esconder nada de vocês.
Pedro – Então levanta dessa cama, se troca e toma seu café, pra depois a gente conversar.
Cleiton – Ok pai, eu já vou descer.
Pedro – O seu café está pronto em cima da mesa.
Em seguida, o ex-policial desce.
Enquanto isso...
Na sala...
Pedro – Eu já avisei ele amor, vamos esperar agora.
Isaura – Estou com muito medo do que ele pode nos contar, eu não sei se vou aguentar.
Pedro – Calma, não podemos nos precipitar, vai que ele falou por brincadeira.
Isaura – Tem razão, eu não posso passar nervoso, vamos conversar com calma com ele.
(Diz a mulher preocupada)
Alguns minutos depois...
Na sala ainda...
Cleiton – Pronto pai e mãe, o que vocês querem saber de mim?
Pedro – Deixa que eu pergunto para ele, não quero que você se estresse Isaura.
Cleiton – Perguntar o que pai?
Isaura – Você já vai saber filho, mas por favor diga a verdade para a gente.
Cleiton – Não estou entendo a sua preocupação mãe.
Pedro – Eu vou direto ao assunto filho, você disse ontem a noite que era criminoso e que quase matou o Sandro, isso é verdade?
Cleiton fica apreensivo e tenso com a pergunta....
Cena 006 // Orfanato // Manhã
Na porta do orfanato...
Adelino – Acho que é esse aqui, vamos entrar para saber se o Júnior está aqui dentro.
Maria – Tomara que sim, não vejo a hora de ter o meu filho de volta.
Adelino e Maria entram no orfanato...
Adelino – Pelo visto não tem ninguém aqui na recepção, não estou gostando disso.
Maria – Tem alguém aqui?
(Grita a jovem)
Adelino – Pelo visto acho que aqui não é um orfanato, não tem ninguém aqui.
Maria – Eu acho que aquela bandida enganou a gente, se for verdade isso, ela vai se ferrar.
(Diz a jovem com raiva)
Adelino – Calma, não vamos nos precipitar, temos que ter certeza antes de tomar alguma providência.
Maria – Olha ali, tem uma mulher com uma criança no colo.
Adelino – Parada aí agora.
Olívia – Aí não, eles me descobriram.
A falsa diretora começa a correr com a criança.
Maria – Eu vou atrás dela, e você chama a polícia, não podemos deixar ela escapar, é a única testemunha que temos para colocar a Flávia na cadeia.
Adelino – Ok, eu vou chamar a polícia, vai atrás dela antes que ela fuja.
Maria corre atrás de Olívia...
As duas saem do “falso orfanato” e correm pela rua...
Um carro preto, segue as duas...
Maria – Volta aqui com o meu filho.
Olívia – Você nunca mais vai ver ele, eu tenho ordens para matar ele.
Maria – Não adianta fugir, a polícia já está vindo aqui.
As duas continuam correndo...
O carro preto continua seguindo elas...
Olívia – Droga, essa rua não tem saída, e agora?
(Diz a bandida apavorada e com medo)
Maria – Fim da linha, entrega o meu filho agora, você não tem para onde fugir.
Olívia – Se você se aproximar eu mato ele, não se aproxima, eu não quero machucar ele.
Maria – E agora, o que eu faço?
(Pergunta a jovem pensativa)
FORMA-SE UM TABULEIRO DE XADREZ EM MARIA
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