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Capítulo 042
Começa onde terminou o capítulo anterior
Cena 001 // Delegacia // Tarde
Na sala do delegado...
Delegado – Calma, vamos negociar, não precisa machucar ela.
Ronaldo – Eu quero sair dessa delegacia agora, abre essa porta.
Vera – Faz o que ele está mandando delegado, ele vai me matar.
Ronaldo – Cala boca, senão eu te mato agora.
(Diz o agiota bravo)
Delegado – Deixem ele passar com ela, abrem espaço.
Sandro – Larga a minha mãe seu desgraçado.
Ronaldo – Eu não esqueci o que você fez comigo Sandro, eu vou acertar as contas com você.
Sandro – O seu problema é comigo, deixa a minha mãe fora disso.
Ronaldo – Deixo não, ela é a minha passagem para sair desse inferno que você me colocou.
Vera – Filho não discute com ele, deixa ele me levar.
Sandro – Delegado faça alguma coisa, esse bandido não pode fugir.
Ronaldo – Nem pense em tentar algo, pois senão já sabe o que vou fazer.
Vera – Fazem o que ele está mandando, ele vai acabar me matando.
Delegado – Abre a porta da delegacia e deixa ele sair.
Ronaldo – Não vem atrás de mim, senão eu mato ela.
O bandido fazendo Vera de escudo, sai da delegacia...
Do lado de fora...
Vera – Agora me joga no chão e foge daqui, antes que percebam a nossa armação, depois me procura na minha casa.
Ronaldo – Ok, eu te ligo, não posso ficar escondido por aqui.
Vera – Ok, faz logo o que eu mandei, antes que dê errado.
Ronaldo obedece a vilã e a joga no chão, em seguida o bandido foge...
Vera – Socorro, alguém me ajuda.
Sandro corre para fora da delegacia...
Sandro – Mãe, como a senhora está? Ele te machucou?
Vera – O canalha só me jogou no chão e fugiu, eu achei que ele iria me matar
(Diz a mulher fingindo que está apavorada)
Sandro – Droga, o crápula fugiu, estamos ferrados agora, ele vai querer se vingar de mim.
Vera – Calma filho, a polícia vai achar ele, não fique preocupado.
Delegado – Eu já mandei meus homens atrás dele, ele não vai fugir para muito longe, agora entra Sandro a gente precisa conversar.
Lucimar chega...
Lucimar – Prende esse bandido agora, ele destruiu o meu salão, eu quero justiça delegado.
(Diz a manicure brava)
SÃO PAULO
Cena 002 // Casa de Marcela // Tarde
Na sala...
Roberto – Eu não vou machucar a sua mãe, jamais faria isso com ela.
Gaby – Solta ela então, você não tem esse direito de segurar ela, solta ela agora.
Roberto – Pronto, desculpa por ter te segurado Cida.
Cida – Roberto por favor, vai embora, eu não quero saber de você nunca mais na minha vida.
Roberto – Por favor, me escuta, me perdoa por tudo de ruim que eu fiz na sua vida, eu só quero que me perdoa.
Cida – Falar é fácil né, não foi você que foi humilhada o casamento inteiro, e ainda no fim tirar a minha própria casa.
Gaby – Sai daqui Roberto, ninguém aqui quer conviver com você.
Roberto – Vocês ainda vão sentir a minha falta, e quando sentirem será tarde demais.
Gaby – Eu nunca vou sentir falta de você pai, pois eu não tive pai e sim um carrasco.
Roberto – Tudo bem, eu não vou insistir, façam o que bem entenderem.
Roberto sai triste da casa de Marcela...
Gaby – Canalha, depois de tudo que aprontou ainda tem a coragem de vim pedir perdão, mais é um falso mesmo.
Cida – Eu não sei o que dizer, estou chocada com essa atitude dele.
Marcela – Pelos menos sabemos que sabotou o seu bolo, mais um motivo para você não voltar com ele.
Cida – Eu preciso ficar sozinha, me dão licença, vou para o meu quarto.
Ela se retira chorando...
Marcela – Eu vou atrás dela.
Gaby – Deixa que eu vou, eu acho que já sei o que está acontecendo.
A jovem vai atrás da mãe dela, quando chega no quarto...
Gaby – Mãe, eu não acredito que a senhora está chorando.
Cida – Ele pareceu tão verdadeiro quando pediu perdão, parecendo quando a pessoa sabe que vai morrer.
Gaby – E você acreditou nessa falsidade dele?
Cida – Eu quase estava acreditando nele, filha eu ainda amo ele, eu não consigo esquecer ele.
Gaby – Mãe, você não pode deixar se levar pelo o que ele fala, ele é um mentiroso e te traiu, não há motivo algum para você acreditar nele.
Cida – Você tem razão filha, eu não posso.
Gaby – Agora para de chorar e levanta essa cabeça e segue a sua vida.
Ela abraça a mãe...
PAULÍNIA
Cena 003 // Mansão Do Sandro // Tarde
Na sala...
Flávia – Já era para eu ter saído daqui, pelo visto não vai ser hoje que vou conseguir denunciar a Samara.
Socorro vem dá cozinha e pergunta para Flávia...
Socorro – A senhora vai almoçar hoje?
Flávia – Eu já disse para você que senhora é a sua mãe, eu não sou uma senhora.
Socorro – Foi essa a educação que eu tive quando eu era criança.
Flávia – Use com pessoas mais velhas, eu não sou velha, eu sou uma jovem muito bonita por sinal.
Socorro começa a rir...
Flávia – Ta rindo do que? Tem algum palhaço aqui na sala?
Socorro – Rindo de você ué, você não é jovem.
Flávia – Sou jovem sim, eu tenho, eu não vou falar a minha idade para você.
Socorro – Fala vai, eu quero saber.
Flávia – Deixa de ser curiosa e vai para cozinha, e prepara a mesa, antes de eu sair eu vou almoçar.
Socorro – A mesa já está preparada faz tempo, eu já coloquei as comidas tudo em cima dela.
Flávia – Ta esperta hein, meus parabéns.
Socorro – Eu já nasci esperta, minha mãe dizia que...
Flávia interrompe...
Flávia – Eu não quero saber o que a sua mãe dizia para você, vai já pra cozinha.
Socorro – Sim senhora, eu já estou indo.
Flávia – Já disse para não me chamar de senhora, agora some da minha frente.
Socorro – Mas eu queria.
Flávia – Você não tem o que querer aqui, volta pro seu serviço.
Socorro – Ok.
Ela vai para cozinha...
Flávia – Só por Deus mesmo aguentar essa empregada chata.
Batem na porta da mansão...
Flávia – Ah não outra vez batendo na porta, eu não mereço isso.
Ela vai atender...
Flávia – Adelino? O que senhor está fazendo aqui?
Adelino – Desculpa eu vim sem avisar, mas eu preciso falar com o Sandro.
Flávia – Aconteceu alguma coisa com a Vera?
Adelino – Não, ela está bem graças a Deus, eu só preciso falar com o meu filho.
Flávia – Ele saiu, não sei a hora que ele volta.
Adelino – Vou esperar ele então.
Flávia com um olhar falso e deixa o sogro entrar...
Cena 004 // Delegacia // Tarde
Do lado de fora...
Delegado – Eu vou ouvir o Sandro, a senhora não pode ir acusando ele.
Lucimar – Esse moleque destruiu o meu salão, eu quero que ele seja punido.
Delegado – Eu já disse para senhora esperar dona Lucimar.
O delegado entra com o Sandro na sala dele...
Vera – Foi isso mesmo que eu ouvi?
Lucimar – Ouviu o que?
Vera – Você se chama Lucimar?
Lucimar – Sou eu sim, por que algum problema?
Vera – E com você mesma que eu quero falar sua vadia.
Lucimar – Mais respeito comigo, por favor eu não te conheço.
Vera – Conhece sim, e muito bem, não está lembrada de mim?
Lucimar repara bem e reconhece a víbora...
Lucimar – Vera, agora estou reconhecendo a senhora, o que quer de mim?
Vera – Quero que você fique longe do meu marido, ou senão você vai se ferrar nas minhas mãos.
Lucimar – Está morrendo de medo de perder ele para mim igual no passado?
Vera – Eu não estou com medo de nada, eu só não quero você perto dele.
Lucimar – Eu não vou seguir a sua ordem, você não é nada minha para eu ter que obedecer.
Vera – Você não me conhece, não sabe do que eu sou capaz de fazer.
(Diz a víbora encarando a manicure)
Lucimar – É uma ameaça? Se for eu vou contar para o delegado.
Vera – Já deve estar acostumada a vim ver o delegado né, aqui você o delegado e o meu marido ao mesmo tempo, poderia ir no motel lá é lugar para prostituta.
Lucimar dá um tapa na cara de Vera que revida na mesma hora...
Tadeu – O que está acontecendo?
Vera – Essa vadia me agrediu, eu quero prestar queixa contra ela.
Lucimar – Ela que começou a me ofender, eu não tenho culpa de nada, eu cheguei para prestar queixa contra esse bandido que destruí a minha loja.
Vera – O bandido que você se refere é o meu filho, e eu exijo respeito.
Tadeu – Chegam as duas, só a Lucimar vai entrar, você Vera aguarde aqui fora.
Vera – Isso não é justo, o meu filho está lá dentro.
Tadeu – Ele já é bem grande para ter uma mãe nas costas dele.
Vera – Eu vou entrar de qualquer jeito.
Tadeu – Se você entrar eu mando te prender, fique aqui fora.
Lucimar – É na rua lugar de gente como você Vera.
As duas se encaram...
Cena 005 // Rua // Tarde
Na praça...
Maria está sentada chorando... e Rosana se aproxima...
Rosana – Maria? O que aconteceu? Por que está chorando amiga?
Maria – Não é nada, é que entrou um cisco no meu olho
Rosana – Para vai, eu sei quando uma pessoa está chorando, diga o que houve, as vezes eu posso ajudar.
Maria – Para o meu problema, você não pode ajudar.
Rosana – E ficar chorando vai resolver?
Maria – Aquele desgraçado do Antônio e a filha dele sequestraram o meu filho e eu não sei para onde eles levaram o Júnior.
Rosana – Meu Deus, como eles tiveram essa coragem de sequestrar uma criança?
Maria – Eu não sei, eu não aguento mais essa vida, eu preciso fazer alguma coisa para achar meu filho.
Rosana – Olha eu acho que eu posso te ajudar.
Maria – Ajudar em que?
Rosana – Hoje à noite você vai vim comigo nessa praça, eu te explico depois.
Maria – Eu não estou entendendo nada, pode explicar?
Rosana – Calma, antes eu preciso pensar bem nessa escolha minha.
Maria – Agora que não entendi nada.
Rosana – Confia em mim Maria, logo mais à noite você vai entender tudo.
(Diz a garota de programa confiante)
Enquanto isso...
Eduardo chega no escritório de Ricardo...
Eduardo – Boa tarde, eu vim para uma reunião com o Ricardo.
Secretária – Pode seguir esse corredor, na segunda porta.
Eduardo – Obrigado.
Dentro da sala do Ricardo...
Eduardo – Eu posso entrar?
Ricardo – Entra Eduardo, eu já estava na sua espera, achei que não viria mais.
Eduardo – Eu tive um problema para resolver, desculpa o atraso.
Ricardo – Tranquilo, a gente tem muito que conversar.
Eduardo – Então vamos começar a reunião.
Cena 006 // Mansão Do Sandro // Tarde
Na cozinha...
Flávia – Eu vou pedir para que a empregada coloque mais um prato na mesa, enquanto isso eu vou me trocar.
Adelino – Você iria sair?
Flávia – Eu tinha que resolver um assunto, mas depois eu resolvo.
Adelino – Está bem, eu vou aproveitar e esperar o almoço.
Flávia – Fique à vontade, a casa é sua.
Adelino – Obrigado norinha.
Flávia se retira e sobe para o quarto...
No quarto...
Flávia – Eu mereço, além de aturar a empregada feia, vou ter de aturar um velho babaca, que azar, se a gente pudesse escolher a nossa família, eu escolheria só pessoas de classe.
(Diz a vilã brava)
O celular dela toca...
Flávia – Aposto que é o meu pai, preciso avisar a ele que não vai dar para encontrar com ele hoje.
Ela atende...
Flávia – Pai não vai dar para te encontrar hoje.
Ronaldo – Não é o pai que está falando, sua bandida desgraçada.
Flávia – Quem é que está falando?
Ronaldo – Não reconhece mais a voz?
Flávia – Não, eu nem te conheço, se for trote é melhor parar.
Ronaldo – Assassina, você matou o meu melhor amigo, o Zeca.
Flávia – Ronaldo?
Ronaldo – Sim, sou eu mesmo, eu fugi da cadeia e eu não esqueci da vingança minha contra você sua cretina desgraçada.
(Diz o bandido bravo)
Flávia – Eu não tenho medo das suas ameaças, eu matei o seu amigo e posso muito bem matar você.
Ronaldo – Isso que nós veremos, eu sei onde você mora, e não adianta fugir de mim.
Flávia – Eu não vou fugir de você, eu não sou mulher que foge dos perigos, enfrento eles.
Ronaldo – Então pode se preparar pois vou fazer da sua vida, um verdadeiro inferno.
Em seguida ele desliga o celular e diz...
Ronaldo – Seu dia chegou Flávia, hoje mesmo você vai pagar pela morte do meu amigo, ou eu não me chamo Ronaldo.
(Diz o bandido com raiva)
Cena 007 // Delegacia // Tarde
Na sala do delegado...
Delegado – Sandro o que você foi aprontar hein meu amigo, eu nunca imaginei que seria capaz disso.
Sandro – Delegado eu não fiz nada, eu juro, eu não sou criminoso.
Delegado – O policial pegou você no flagra, vandalismo é crime, ainda mais em um estabelecimento público.
Sandro – O senhor tem que acreditar em mim, eu não destruí salão nem um.
Delegado – Se você não destruiu o que você estava fazendo lá?
(Pergunta o delegado desconfiado)
Sandro – Eu vou contar o verdadeiro motivo de ter me feito ir lá.
Delegado – Então conta.
Sandro – Foi assim...
FLASH BACK
Sandro – Aló, quem fala?
Anselmo – Sou patrocinador de uma marca de produto de beleza e gostaria de conversar com você
Sandro – Conversar sobre o que?
Anselmo – Sobre um comercial de TV que estou preparando, e acho que você combina direitinho com o perfil que pensei
Sandro – Ok, onde vamos nos encontrar?
Anselmo – No salão da dona Lucimar, é um novo que saiu, pode ser?
Sandro – Sim, é agora a conversa?
Anselmo – Sim, pode vim que já estou esperando.
Sandro – Ok, já estou indo pra aí.
DE VOLTA AO PRESENTE
Delegado – Pelo que eu entendi armaram para te culpar por isso.
Sandro – Eu tenho certeza que sim, quando cheguei lá, o salão inteiro estava destruído.
Delegado – Por mim eu iria te liberar, está na cara que foi uma armação, mas como eu sigo ordens.
Sandro – Eu acho que já entendi o que você vai fazer.
Delegado – Mesmo eu não querendo fazer isso, mas vou ter que fazer, você está preso Sandro.
Sandro fica triste ao ouvir o delegado.
FORMA-SE UM TABULEIRO DE XADREZ
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