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Escrita por Glalber Duarte.
CAPÍTULO 065
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CENA 001. DELEGACIA. INTERIOR. ENTRADA. RJ. TARDE.
(Continuação imediata do capítulo anterior. MAURO estala os lábios).
MAURO – Quem é você, garota? Eu mal lhe conheço! Do que você sabe?
RAQUEL – Eu sei de tudo! Eu sei quem matou SÉRGIO!
LUCAS – E quem fez isso?! Desembucha.
MAURO – Foi você que fez isso, não foi? Foi você quem fez isso pra incriminar meu filho!
RAQUEL – Teria sim, motivos para matar SÉRGIO, mas não para incriminar ALAN. Não sou capaz nem de matar uma mosca, quanto menos alguém. Eu não quero falar aqui tudo o que sei... E não é pouca coisa.
LUCAS – Vamos então à sala do delegado. (T) (p/ MAURO) Vai ficar aí mesmo?
MAURO – Daqui eu não saio enquanto não ver meu filho solto!
(LUCAS e RAQUEL se encaminham até a sala. CLOSE na face de MAURO).
CENA 002. IGREJA. INTERIOR. SALÃO. RJ. TARDE.
(FUNDO: “Etamundo4Mmc (EngSlow) – Mú Carvalho”. JOÃO entra na igreja, fazendo o sinal da cruz. CÂM mostra o local ao todo, um lugar enorme. O rapaz caminha até chegar ao altar, onde encontra o padre, que se espanta).
PADRE – Ué, cadê os convidados?
JOÃO – Aconteceu um problemão, então eu vim aqui pedir para adiarem o casamento.
PADRE (irado) – Mas como assim?
JOÃO – Meu sobrinho foi preso, está o maior bafafá.
PADRE – Cristo Jesus!
JOÃO – Quando tudo se resolver, voltarei aqui para marcar de novo.
PADRE – Espero que não me dê cano, hein?
JOÃO – Relaxa padre. Eu quero me casar, minha noiva também. Só que aconteceu esse problema aí e não teríamos como realizar a festança, entende né?
PADRE – Compreendo. Boa sorte, que o Senhor Jesus os ajude nisso.
JOÃO – Obrigado, padre!
(JOÃO aperta a mão do padre e se despede, acenando. Faz o sinal da cruz, antes de sair do local).
CENA 003. BAR. INTERIOR. RJ. TARDE.
(CAMILA sai do banheiro, com os cabelos um pouco arrumados. Senta-se em frente à irmã. CORTA A MÚSICA).
CAMILA – Está mais calma, irmã?
LUCIANA – Sim, mais do que antes, sim. Mas continuo preocupada.
CAMILA – Com meu sobrinho?
LUCIANA – Também!
CAMILA – Como assim, também?
LUCIANA – Eu preciso saber o que você foi fazer nessa madrugada.
CAMILA – Eu? Eu fiquei na tua casa/
LUCIANA – Você saiu na madrugada, eu vi bem... O que foi fazer?
(CLOSE na face de CAMILA).
CENA 004. CASA DE PABLO. INTERIOR. SALA.
(CLOSE na face de PABLO. Ele ainda continua assustado).
PABLO – Você jura que não vai dizer aos nossos pais?
VITÓRIA – Eu já escondi tanta coisa sobre você e você já fez isso comigo. Relaxa, eu não irei contar que você chegou tarde hoje em casa.
PABLO – Ufa, irmã. Sabe como é, tenho medo da reação dos pais.
VITÓRIA – Um marmanjão como você? Toma vergonha!
(Os dois riem).
PABLO – Mas é irmã. Vai que eles reclamem, não?
VITÓRIA – Mas conta: Como foi lá com a ÉRIKA?
PABLO – Eu tô gostando de verdade dela, gostando muito.
VITÓRIA – E LOLÔ? Esqueceu-a mesmo?
(A face de PABLO expressa indecisão).
VITÓRIA – Não preciso dizer mais nada... Você ainda sente algo por ela. Decida-se, de uma vez por todas.
PABLO – LOLÔ fez uma viagem, VITÓRIA. Eu gosto de ÉRIKA, gosto muito, mas tenho medo. Se LOLÔ retornar e meu coração voltar a bater mais forte por ela?
(PABLO anda pelos lados, completamente confuso. VITÓRIA abraça o irmão, numa forma de tranquiliza-lo).
VITÓRIA – Espero que tome uma decisão sábia. E que a tome o mais rápido possível!
CENA 005. BAR. INTERIOR. TARDE.
(CAMILA está nervosa).
LUCIANA – Eu preciso saber CAMILA. JOÃO saiu à sua procura ontem. E MAURO foi atrás dele. Mas eles não lhe encontraram...
(CLOSE na face de CAMILA. FUNDO: “Mistérios de Flora – Alberto Rosenblit”).
FLASHBACK
(CAMILA fala, enquanto cenas são mostradas, de acordo com as falas dela).
CAMILA – “Estávamos conversando, quando eu me lembrei do casamento, da forma a qual iríamos pagar. Dei falta do cheque. Mas não resolvi contar nada a vocês, porque eu não queria acusar-lhes de nada. Iria usar o cheque como parte do pagamento na organização da festa, mas não queria que MAURO soubesse, pois ele iria relutar e não deixar-me ajudar. Enfim, dei falta, eu não sabia onde tinha colocado. Esperei MAURO e JOÃO saírem para eu procurar, revirei meu quarto todo e não achei. Eles voltaram do hospital. Já tinha revirado a casa toda, você não percebeu, tinha ido dormir cedo... Enfim. Eles dormiram e eu levantei e saí, procurando a pessoa a qual deve ter levado o cheque...”
(Focaliza em CAMILA, andando pelas ruas, ela se vira, CLOSE na face dela).
FIM DO FLASHBACK
LUCIANA – No caso, eu acordei. Na verdade, quase não consegui dormir, angustiada, pensando, onde será que ALAN estava... Enfim. Quem você suspeita que tenha levado o cheque?
CAMILA – PEDRO!
CENA 006. CASA DE MARIANA. INTERIOR. SALA.
(PEDRO surge na sala, MARIANA, decidida, se levanta).
MARIANA – Eu tenho que te dizer algo.
PEDRO – Pois bem! Eu também preciso falar algo.
MARIANA – Falará o que eu tô pensando?
PEDRO – Não só isso, mas vou te entregar uma coisa, caso algo de ruim aconteça comigo.
MARIANA – Bem, vou falar primeiro, vou dizer o que estava fazendo nessa madrugada.
CENA 007. CASA DE PABLO. INTERIOR. SALA.
(A campainha da casa de PABLO toca, ele se solta do abraço de VITÓRIA e vai atender: É ÉRIKA, que entra na casa, decidida, ficando na frente do sofá).
ÉRIKA – Precisamos conversar seriamente, PABLO!
(VITÓRIA se espanta e se encaminha até à saída).
VITÓRIA – Já fui!
(VITÓRIA sai. PABLO fecha a porta, surpreso).
PABLO – ÉRIKA, que isso! O que foi que aconteceu?
ÉRIKA – É que/
(O celular de ÉRIKA toca, interrompendo a conversa. Ela atende).
ÉRIKA – Alô? (...)
(ÉRIKA ouve e fica muda. A jovem deixa seu celular cair ao chão e cai sentada no sofá. PABLO vai até ela).
PABLO – ÉRIKA? Gente! Você está branca, pálida. O que aconteceu?
(ÉRIKA nada responde. Ela apanha seu celular do chão e corre, saindo da casa. PABLO fica sem reação, mas vai atrás da amada).
CENA 008. CASA DE MARIANA. INTERIOR. SALA.
(PEDRO leva as mãos à boca).
PEDRO (irônico) – Quer dizer que você estava fazendo macumba pro SÉRGIO e pro ALAN?
MARIANA – Brinca mesmo! Macumba é coisa de pobre. Coisa de ralé. Eu fiz magia negra! Magia negra pra matar SÉRGIO e incriminar ALAN nisso.
(PEDRO tem uma sensação estranha, sente-se incomodado com algo).
MARIANA – Que é? Está com medinho agora? Não debochou?
PEDRO (histérico) – Você não sabe o que você fez! Não sabe! Não sabe!
MARIANA – Ei? Que é isso?
PEDRO – Você fez uma merda tamanha! Tamanha! E se isso realmente tiver acontecido?
MARIANA – Ótimo! Os dois saem de nossa circulação. Facilmente.
PEDRO – Eu nem sei o que eu faço...
MARIANA – Porque diz isso?
CENA 009. DELEGACIA. INTERIOR. SALA DO DELEGADO. RJ. TARDE.
(LUCAS já está sentado, RAQUEL senta-se em frente a ele).
LUCAS – E então? O que tem a me dizer? Quem assassinou SÉRGIO?
(RAQUEL coloca seu celular em cima da mesa e coloca para reproduzir uma gravação de áudio. CLOSE no celular. CÂM escurece).
FLASHBACK
(MADRUGADA. RAQUEL anda pelos becos da comunidade, perto a uma boca de fumo deserta. Lá está SÉRGIO, só. Olha para os lados, espera por alguém. Ela se esconde, de modo que o jovem não a veja.Logo em seguida, aparece PEDRO, que lhe estende o cheque, o mesmo cheque de CAMILA. SÉRGIO dá um tapa na mão de PEDRO, fazendo com o que o papel caia ao chão. PEDRO pega novamente o cheque e se levanta, rapidamente e furiosamente. Encara SÉRGIO. RAQUEL liga o gravador do celular).
PEDRO – O que é? Isso é o que eu lhe prometi pelo trato!
SÉRGIO – Eu não quero mais isso. Quero tirar meu time de campo nessa armação.
(PEDRO se aproxima de SÉRGIO e o enforca).
PEDRO – Você não tem mais o que decidir, nós já estamos fodidos, se ALAN sabe disso, ele não o vai querer mais na vida dele. É isso o que quer?
(SÉRGIO empurra PEDRO).
SÉRGIO – Você quer que eu o mate, isso não! Eu já me aproximei, eu já seduzi, fiz-me passar por fisioterapeuta... Mas mata-lo, isso já é demais!
PEDRO – Quer que ele e todos saibam de onde foi que eu te tirei?!
SÉRGIO – E você?! Quer que todos saibam que você é viciado em cocaína? Que suas saídas repentinas eram para usar drogas?
PEDRO – Como se você fosse o santo nisso tudo, você é traficante, caralho. Se eu cair, te levo junto!
SÉRGIO – Então vamos. Eu já estou cansado! Não quero mais esse dinheiro sujo, não quero. Acabei me apaixonando de verdade por ALAN.
PEDRO – Burro! Idiota! Seu viado escroto. Já desconfiava... Imagino as altas orgias que rolavam dentro dos barracos aqui. Dava pra vários machos. Puta de bandido.
(SÉRGIO murra a face de PEDRO, que ergue o rosto, após o impacto).
PEDRO – Olha só! Isso, isso não vai ficar assim! Eu vou te matar! Vou te matar. Você pulou fora.
SÉRGIO – Não, não antes de todos descobrirem esse seu plano fajuto de me comprar pra seduzir e depois matar ALAN.
PEDRO – Eu vou agora e volto, volto pra te matar. Sim, farei queima de arquivo!
SÉRGIO – Tenta sorte.
PEDRO – Somente de uma coisa eu tenho certeza: ALAN nunca irá te amar. Nunca! Quem é você? Uma bicha escrota, feia, horrorosa. ALAN ama RODRIGO, ele nunca irá gostar de você. Quer apostar quanto que os dois estão juntos, lá, fodendo pra caralho?
(As palavras de PEDRO ecoam na mente de SÉRGIO, ele se vê confuso e bastante triste).
PEDRO – Ainda pensa que irá conquista-lo? Pensa? (risos) Iludido. ALAN nunca irá gostar de você. Nunca!
(PEDRO sai dali rindo. SÉRGIO fica ali, parado, chorando. RAQUEL vê PEDRO se aproximando, ela salva a gravação de áudio e corre dali).
FIM DO FLASHBACK
(LUCAS fica sem saber o que dizer. RAQUEL apanha seu celular).
LUCAS – Nossa... Mas... Então, foi PEDRO quem matou SÉRGIO, é isso?
RAQUEL – Sim, somente ele poderia matar, está aí a prova, a confissão.
LUCAS – Mas qual foi o motivo de você ter gravado aquilo? Porque?
(RAQUEL fica calada por um tempo, CLOSE em sua face. Até que fala).
RAQUEL – SÉRGIO... Ele nunca foi fisioterapeuta, como você ouviu. Ele sempre foi traficante... E ele provocou a morte do BRENO, meu namorado!
(CLOSE em RAQUEL).
A SEGUIR CENAS DOS PRÓXIMOS CAPÍTULOS
- LUCAS fala com alguns policiais.
- MARIANA mexe numas gavetas do quarto, desesperada.
- CAMILA e LUCIANA entram na delegacia.
FIM DO CAPÍTULO
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