+14
Logotipo da web novela (Foto: Divulgação)
Escrita por Glalber Duarte.
CAPÍTULO 051
CENA 001. HOSPITAL. INTERIOR. RECEPÇÃO. RJ. TARDE.
(Continuação imediata do capítulo anterior. SÉRGIO conversa com a recepcionista).
SÉRGIO – Será que eu posso fazer uma visitinha e conhecer meu paciente?
RECEPCIONISTA – Mas é claro. Fique a vontade.
(SÉRGIO se retira do local, indo em direção ao quarto de ALAN).
CENA 002. QUARTO. INTERIOR. RJ. TARDE.
(ALAN fala muito agitado).
ALAN – MARIANA, por Deus, MARIANA, por Deus! Me ajuda, eu preciso fazer justiça. RODRIGO não merecia estar na prisão.
MARIANA – Depois de tudo o que ele te fez, eu acho é pouco. Ele merecia a morte.
ALAN – RODRIGO se redimiu. Agora eu consigo acreditar. Ele arriscou a própria vida para me salvar. Isso custou sua liberdade.
(MARIANA se convence).
MARIANA – Amor, deixa comigo, eu falo com o LUCAS. Você tem que repousar, descansar.
ALAN – Não, MARI. Eu tenho que falar com o LUCAS, ele tem que me ouvir.
MARIANA – Certo, eu trago ele aqui. Mas não vá se aborrecer. Você quase morreu.
ALAN – Tá certo!
(MARIANA beija ALAN, que vira o rosto e o beijo pega no local).
MARIANA – Eu te amo!
(MARIANA sai, esbaforida. Esbarra com SÉRGIO e não dá atenção a ele, que entra no local. ALAN fica confuso e um pouco encabulado).
SÉRGIO – Quarto um. É esse mesmo?
ALAN – Sim senhor.
SÉRGIO – Não me chama de senhor, por favor, não estou velho.
ALAN – Desculpe, posso te chamar do que?
SÉRGIO – “Você”.
ALAN – Quem é “você”?
SÉRGIO – Me chamo SÉRGIO, sou fisioterapeuta e estou a procura de um tal de ALAN... Sabe quem é?
ALAN – Você está falando com o mesmo. Prazer.
(SÉRGIO olha para ALAN e esboça um sorriso. Vai de encontro a ele e aperta suas mãos).
SÉRGIO – Muito prazer! Você vai ter que me aturar por alguns meses.
ALAN – “Aturar”... Que nada, você me parece um bom rapaz e, esses meses deverão ser ótimos. Dependendo de mim.
SÉRGIO – Então serão os melhores de nossas vidas. Farei de tudo para que isso aconteça.
(SÉRGIO e ALAN trocam olhares sugestivos).
CENA 003. DELEGACIA. INTERIOR. RJ. TARDE.
(VITÓRIA se encaminha até o pátio, onde encontra RAMON e LUCAS).
LUCAS – Olha amigo, essa daí e o namorado dela, que não está aqui,foram os que lhe ajudaram.
VITÓRIA (envergonhada) – Namorado?
LUCAS – Pensas que me engana, mocinha. Vocês se gostam!
(RAMON se aproxima de VITÓRIA).
RAMON – Eu nem sei como te agradecer. Se não fosse por você e por seu bofe/
(RAMON se cala, ao ver a expressão irritada na face de VITÓRIA).
RAMON – Desculpa. Seu best. Isso. Se não fosse por vocês, eu tinha virado purpurina. Viado!
(VITÓRIA sorri).
VITÓRIA – Não precisa dizer essas coisas. Eu detesto ver impunidade. Detesto. Falando nisso, você deveria trocar uma palavrinha com o RODRIGO, sabe?
(RAMON fica irado).
RAMON – Com aquele troglodita? Nem morta.
VITÓRIA – Ele pode ter errado, mas se arrependeu.
LUCAS – Depois de ter tentado assassinar ALAN?
VITÓRIA – Isso tá me cheirando a armação. Só quem saberia dizer seria ALAN. Falou com ele?
RAMON (p/ VITÓRIA) – Garota? Larga de ser besta. Para disso! Aquilo lá não muda, nem se aqui nevar.
VITÓRIA – Eu acho confusa uma coisa: Se foi mesmo RODRIGO quem esfaqueou ALAN, porque raios estaria desacordado ao lado dele?
LUCAS – Estranho...
RAMON – Mona vai ver ele deve ter tentado se matar, para ficar ao lado do amado... Sabe como são essas coisas... RODRIGO sempre foi um garoto misterioso, agressivo, obcecado. E eu fico passada com isso dele ser viado. Nunca desconfiei. Meu “gaydar” falhou.
LUCAS – Não descarto também essa hipótese. Só de ver pelos olhos dele, percebi que o mesmo está assim. Conheço o filho que tenho.
(MARIANA chega ao local).
MARIANA – LUCAS! Eu preciso de você, falar contigo. Algo seríssimo.
CENA 004. QUARTO. RJ. TARDE.
(ALAN fica envergonhado).
ALAN – Nossa. Assim você me deixa sem jeito.
SÉRGIO – Você fica tão bonito envergonhado.
ALAN – Contigo falando isso, ficarei ainda mais.
(Após um bom silêncio, por causa da falta de assunto, SÉRGIO diz).
SÉRGIO - Tu me parece bem legal. Sabe aquela coisa de achar que nos conhecemos faz tempo? Eu sinto isso...
ALAN – Verdade, eu também sinto, você me passa segurança, contigo estou a vontade, apesar de termos nos conhecido agora...
CENA 005. CASA DE MAURO. INTERIOR. QUARTO DE MAURO E LUCIANA. RJ. TARDE.
(FUNDO: “Last Dance”. MAURO arruma algumas roupas de LUCIANA e põe em sacolas. Som de campainha. Ele larga as sacolas e sai do local).
CENA 006. SALA. INTERIOR.
(MAURO se dirige a porta e quando abre, toma um susto).
MAURO – O que vocês estão fazendo aqui?!
CENA 007. DELEGACIA. EXTERIOR. CALÇADA.
(CORTA A MÚSICA. TENSÃO. CLOSE numa arma, que está sendo manuseada por mãos. Não é revelada a pessoa).
CENA 008. HOSPITAL. INTERIOR. QUARTO.
(SÉRGIO sorri amarelo).
SÉRGIO – Não acredito. Uma pessoa tão bonita assim estar namorando... Desperdício.
ALAN – Não seria o contrário? Não seria desperdício eu estando solteiro?
SÉRGIO –Nossa, sou tão besta...
ALAN – Mas entendi teu recado... Desculpe lhe perguntar, mas você é gay?
SÉRGIO – Demonstro muito?
ALAN – Nem tanto, mas esses teus elogios a minha pessoa, entregam você todinho.
SÉRGIO (sem graça) – Nossa... Perdão se eu estou sendo invasivo. É porque sou sincero, falo aquilo na lata, o que penso.
ALAN – Gosto de gente assim.
SÉRGIO – Você também é homossexual?
ALAN – Nem sei mais o que sou. Minha vida anda muito confusa, tenho duvida sobre isso.
SÉRGIO – A questão é: Você se sente feliz com esse namoro, se sente atraído pelo garoto?
ALAN – Garoto? Que nada. Sabe aquela menina que saiu sem falar contigo, assim que você entrou?
SÉRGIO – Nem venha me dizer que/
ALAN – Sim. É ela, minha namorada, mas...
SÉRGIO – “Mas”?
ALAN – Eu não tenho certeza se gosto dela de verdade... Estou confuso.
SÉRGIO – Não gostei dela, foi mal educada comigo!
ALAN – MARIANA tem os exageros dela, mas no fundo é uma boa garota. É que ela teve que fazer um favor pra mim...
SÉRGIO – Entendo... Mas não me respondeu a pergunta. Você se sente feliz com o namoro e atraído por essa garota?
CENA 009. DELEGACIA. INTERIOR. RJ. TARDE.
(Ao fundo, ouve-se a voz de ALEXANDRE).
ALEXANDRE – LUCAS, venha me ajudar, por favor!
LUCAS – Me espere aí MARIANA. Depois a gente conversa.
MARIANA – Mas é urgente!
LUCAS – Por favor, eu tenho que ajudar o delegado.
MARIANA – Eu vou contigo.
LUCAS – Está certo.
(MARIANA e LUCAS saem).
CENA 010. DELEGACIA. EXTERIOR.
(LUCAS e MARIANA descem as escadas e vão de encontro a ALEXANDRE, que se levanta, do porta malas. Ele estava arrumando algumas coisas).
ALEXANDRE – Encomendei alguns armamentos. Os mais pesados serão entregues nesta semana, trouxe os mais leves, estão nestas caixas aqui no porta malas.
(FUNDO: “Night Search”. A pessoa, que está com a arma nas mãos, se prepara para atirar. CLOSE na face da pessoa, que, não é nada mais nada menos do que PEDRO).
PEDRO – Você vai pagar pelo o que teu filho fez comigo, LUCAS!
(PEDRO dispara a arma. Ouvem-se gritos, da parte de MARIANA. CLOSE em PEDRO, em sua expressão diabólica).
A SEGUIR CENAS DOS PRÓXIMOS CAPÍTULOS
- VITÓRIA e RAMON surgem fora da delegacia.
- ALAN observa sua mãe, pelo lado de fora do quarto.
FIM DO CAPÍTULO
Comentários
Postar um comentário