CAPÍTULO 016
Escrito Por GLALBER E. DUARTE
CENA 001. CASA DE LUCAS. INTERIOR. QUARTO. RJ. MADRUGADA.
(Continuação imediata do capítulo anterior. FUNDO: “James Joint – Rihanna”. RAMON se desvencilha de LUCAS).
RAMON – Mas o que é isso? Parece uma pornô!
LUCAS – Cara, não custa nada, só uma noite, a gente curtir, nós dois...
RAMON – Ê... Tá falando coisa com coisa. Você não está bem não, hein?
LUCAS – Eu não estou bêbado. Me respeite.
RAMON – É sempre assim. (risos) O bêbado sempre diz que não está bêbado...
LUCAS – Agora cala a boca e me beija, vai?
RAMON – Que ousadia. Você seria capaz de fazer isso?!
LUCAS – Disso e muito mais!
(LUCAS agarra RAMON e o beija. RAMON acaba correspondendo. Os dois deitam na cama. LUCAS tira a roupa de RAMON e os dois transam, ali. CAM afasta, mostrando a nudez de LUCAS).
CENA 002. IMAGENS. RJ. DIA.
(Com a música de fundo, CAM mostra a cidade do Rio de Janeiro amanhecendo. Carros cruzam as ruas, pessoas caminham. O tempo passa).
CENA 003. CEMITÉRIO. INTERIOR. RJ. NOITE.
(FUNDO de DRAMA. MARIANA caminha na frente, atrás, homens carregam o caixão de sua mãe. Ela chora, compulsivamente. PIETRO surge e abraça a jovem pelas costas. CORTA PARA o caixão sendo colocado na cova. MARIANA diante a ele, em prantos. Ela joga uma rosa no caixão. PIETRO faz o mesmo. O caixão é enterrado. MARIANA abraça fortemente PIETRO).
CENA 004. RUAS DO RIO DE JANEIRO. INTERIOR. DIA.
(ALAN se espreguiça, ao levantar de uma calçada. Ele dormira ali mesmo, em pleno céu aberto. O jovem levanta seu rosto surrado. ALAN está arrasado. Ele se põe de pé e anda, sem direção. Até ver MARIANA. Ele muda de direção, mas a jovem surge, pegando pelo seu braço).
MARIANA – ALAN! Tudo bom?
(CLOSE em ALAN).
CENA 005. CASA DE LUCAS. INTERIOR. QUARTO. RJ. DIA.
(FUNDO: “James Joint”. CLOSE em RAMON. Ele abre os olhos. Assustado. Passa a mão em seu lado. Não sente LUCAS. Olha para frente e vê o amigo esperando-o acordar. Sério).
LUCAS – RAMON, precisamos ter uma conversa muito séria!
CENA 006. HOSPITAL. INTERIOR. RJ. DIA.
(LUIZ, meio zonzo, surge, ao lado de CARLOS, que o ajuda e do MÉDICO).
MÉDICO – Seu LUIZ, por favor. Repouso absoluto. Nada de bravuras. Você foi liberado, mas está de licença por alguns dias. Enfim, fique somente em casa.
LUIZ – Tá bem, doutor. Cumprirei tuas ordens.
CARLOS – E pode deixar que, se depender de mim, LUIZ só ficará deitado no quarto.
MÉDICO – Nem tanto, umas caminhadas curtas não fazem mal...
LUIZ – Meu irmão é muito sistemático, tudo pra ele tem que ser certinho...
CARLOS – Mas é isso mesmo. E ninguém vai me mudar...
LUIZ – Às vezes, uma desobediência é válida, gerando assim, algo prazeroso.
(CARLOS e LUIZ cruzam por MAURO, que olha para CARLOS e após, se dirige a PEDRO, que está dormindo. MAURO balança o filho, fazendo-o acordar).
MAURO – Filho! Acorda meu filho. Eu não me aguento mais de tanta preocupação.
PEDRO – Ai pai, que é?! Me deixa! Quero dormir.
MAURO – Imprestável! Pelo menos o ALAN não é assim. Que falta estou sentindo do meu filho...
PEDRO – Daquele viadinho?! Fez bem em expulsá-lo de casa.
MAURO – Olha só, não fale assim do meu filho, viu? Aliás, ele é teu irmão. Que feio!
PEDRO – Falo dele, de você e de quem eu quiser. A boca é minha.
(MAURO se enfurece e segura pela gola da blusa de PEDRO).
MAURO – Me respeite que eu sou teu pai!
(PEDRO solta-se de MAURO e se levanta).
PEDRO – Ah, ô. Me deixa, porra.
(MAURO desfere um murro em PEDRO. O MÉDICO que estava falando com CARLOS, intervém, segurando MAURO).
MAURO – Isso é falta de porrada! Porrada. Pode me soltar, doutor. Essa coisa aí não é filho. É encosto.
MÉDICO – Calma, meu senhor. Não fale estas coisas do seu próprio filho.
(PEDRO sai do local, estarrecido).
MAURO (grita) – É pouco, perto do que ele merece! Ah, doutor, eu quero saber da minha mulher, como ela está?! O que ela teve, realmente?
(CLOSE em MAURO).
CENA 007. RUAS DO RIO DE JANEIRO. DIA.
(FUNDO: “Pedacinhos – Guilherme Arantes”. ALAN baixa a cabeça).
ALAN – Nada, não houve nada...
(PIETRO percebe que está “sobrando”).
PIETRO – Olha gente, eu vou ter que fazer uns negócios em casa. A gente se vê na igreja, então, irmã?
MARIANA – Sim, PIETRO. A gente se vê lá. A paz, irmão.
PIETRO – Paz.
(PIETRO se retira. ALAN se dirige à calçada em que estava. Senta-se. MARIANA vai atrás e senta ao lado dele).
MARIANA – E essas malas aí, hein? Não acredito que/
ALAN – Sim, fui expulso de casa.
MARIANA – Pois então que você venha morar comigo!
ALAN – Como?!
MARIANA – Sim, não vou deixar-lhe na rua. Você vem comigo!
A SEGUIR CENAS DOS PRÓXIMOS CAPÍTULOS
- ALAN e MARIANA conversam.
- RODRIGO anda com um grupo de rapazes.
- RAMON joga um vaso na parede da casa.
FIM DO CAPÍTULO
Comentários
Postar um comentário