Autor - Lucas Bonifácio.
Capítulo 22.
ANOITECE E AMANHECE - NO CEMITÉRIO.
Estão enterrando o corpo de mãe Nira, Luíza joga uma rosa branca sobre o caixão da mãe de criação e começa a chorar, Geovanna a abraça.
RJ - NO BAIRRO DE JESUS AMADO - NA CASA DE ANTÔNIO - NO QUARTO DE VERA.
A senhora está em sua cama olhando o albúm de fotos de sua familia. Ela escuta batidas na porta.
Vera: Pode entrar!
Almir entra.
Vera: Oi filho.
Almir: Oi mamãe, eu vir perguntar se a senhora está precisando de alguma coisa.
Vera: Não meu filho, agora não obrigada.
Almir: Oque a senhora está olhando ai hein?
Ele se senta na cama.
Vera: Estou olhando o albúm de fotos da nossa familia. Olha aqui quando você tinha 3 anos.
Mostra a foto, Almir olha.
Almir: Hahahaha, quando eu era criança eu era feio pra caramba.
Vera: Não fala assim meu filho, você era a coisinha mais linda do mundo!
Almir: E hoje mãe, eu continuo sendo essa "coisinha linda"? Haha.
Vera: Claro que é, filho nunca é feio pra mãe.
Almir: Todas dizem isso hahaha.
Almir abraça Vera.
NA DELEGACIA - NA SALA DO DELEGADO.
Helena está conversando com o próprio.
Helena: Então o senhor acha que minha filha não está no Rio, mas em outro lugar?
Questiona surpresa.
Delegado: Tudo leva que sim dona Helena. Já fizemos todos nossos meios de buscas. Interrogamos parentes e amigos do Luís, pesquisamos através de documentos, já fomos em pontos de viagens, até mesmo espalhamos fotos dele e da menina, mas até agora nenhum sinal de vista. A senhora não sabe se seu marido tem próximos ou alguma moradia fora do estado, ou até mesmo fora do país?
Helena: Não senhor delegado, pelo menos ele nunca me contou. As únicas coisas que eu sei, foi que ele nasceu em São Paulo, e é herdeiro de uma falecida empresa de familia, tudo que já te disse.
Delegado: Compreendo. Eu ainda não descarto a possibilidade deles estarem no rio, até porque alguns criminosos falsificam identidade. Mas não sei, a tecnologia está avançada e tudo é muito bem mantido no computador. Se ele tivesse feito isso, já teríamos o descoberto, porque é difícil fazer as coisas com uma identidade falsa, principalmente viagens, cadastros e outras coisas que necessitam de documentação.
Helena: Entendo. E vocês já fizeram esse tipo de busca né, de computação, documentos.
Delegado: Sim!
Helena: Aí delegado, isso só me deixou aínda mais preocupada...E agora, como vai ser?
Pergunta tensa.
Delegado: A senhora não recebeu mais nenhuma ligação da sua filha?
Helena: Não, só aquele dia. Desconfio que o Luís tenha descoberto e impedido ela de entrar em contato comigo.
Delegado: Bom dona Helena, nós vamos continuar com as buscas. Agora também fora do estado, oque vai ser ainda mais difícil, eu não nego. Mas qualquer novidade, pode ter certeza que entraremos em contato.
Afirma o delegado. Helena se intristece.
ANOITECE - EM SALVADOR - NA CASA DE MÃE NIRA - NO QUARTO DE LUÍZA.
A adolescente está deitada em sua cama, ela lembra dos bons momentos que teve com mãe Nira e começa a chorar.
RJ - NA CASA DE ANTÔNIO - NO QUARTO DELE.
Antônio está dormindo e está sonhando com Luíza. No sonho, Luíza está pedindo perdão para ele, e dizendo que precisa dele. Antônio acorda assustado.
Antônio: Luíza!
AMANHECE - BH - EM UMA PRAÇA.
Luíza e Heitor estão conversando.
Luíza: Então o "sinhô" conseguiu convencer seu chefe a ceder uma vaga pra mim?
Heitor: Sim, ele quer falar com você ainda hoje. Você vai trabalhar de atendente no meu lugar!
Luíza: Como assim em seu lugar?
Heitor: Eu pedir demissão! Eu vou me mudar para o Rio de janeiro.
Luíza: Nossa "sinhô" Heitor...Mas porque?
Heitor: Ah, eu quero mudar de clima, eu não quero mais ficar em Salvador.
Luíza: Nossa, mas aqui é um lugarzinho tão bom de se viver.
Heitor: É eu também acho, mais eu guardo muitas recordações minha e da minha ex mulher aqui. Foi aqui onde eu e ela nós conhecemos, onde começamos a namorar, tivemos momentos juntos. Sabe, cada lugar que eu vejo, eu me lembro de nós dois, o amor que eu sinto por ela começou aqui e eu quero fugir dessas lembranças. Sair desse ambiente!
Luíza: Eu entendo o "sinhô". Bom, apesar de nós conhecemos a pouco tempo, eu já li considero um grande amigo. O "sinhô" foi um anjo que apareceu em minha vida e vou sentir muita sua falta!
Heitor: Obrigado pelas palavras Luíza, eu também vou sentir sua falta, você é uma menina muito especial!
Luiza: Obrigada! E olhe, eu tenho certeza que o "sinhô" ainda vai ser muito feliz em sua vida, e ainda vai arrumar uma companheira do bem. Olha que tudo que eu falo acontece viu hahaha.
Heitor: Haha, obrigado Luíza, eu espero que você também seja muito feliz. Você merece!
Luíza: Deus li ouça!
Heitor: Meu Deus, a vida é mesmo travessa né?
Luíza: Oxi, como assim?
Heitor: Eu com amizade com vocé, uma garota bem mais nova que eu, haha, você não tem vergonha de conversar com um homem que tem idade pra ser seu pai?
Luíza: Eu não, amizade eu faço com qualquer um, seja mais novo ou mais velho que eu.
Heitor: Você é mesmo uma jovem de ouro. Bom, mas e sua mãe? Como ela está?
Luíza: Minha mainha?
Luíza se intristece.
Heitor: Sim, ela está bem?
Triste, Luíza respira fundo e responde.
Luíza: Minha mainha...Minha mainha morreu.
Heitor: Oquê? Meu Deus, mas como assim? Oque aconteceu com ela?
Luíza: Olha "sinhô" Heitor, me desculpa, mais eu prefiro nem comentar.
Responde a jovem começando a chorar.
Heitor: Tudo bem. Nossa Luíza, meus pesâmes! E ela morreu do coração mesmo?
Luíza: Sim, de infarto!
A jovem chora mais ainda.
Heitor: Calma Luíza, não chora, calma!
Heitor a abraça.
Luíza: Sabe "sinhô" Heitor, ela não era minha mãe de sangue, mais eu amava tanto ela, tinha uma ligação tão forte.
Heitor: Eu imagino, percebe - se que você a considerava muito. Mas a vida é assim mesmo, cheia de altos e baixos e a gente só tem que ser forte. Mesmo que as vezes pareça impóssivel.
Luíza continua a chorar.
RJ - NA PRAIA.
Antônio e Marcelo estão dentro do mar com um professor de surf.
Prof: Vocês estão começando hoje não é?
Antônio: Sim!
Prof: Então tocam aqui!
Eles tocam as mãos.
Prof: Vou tentar fazer de vocês, grandes surfistas, mas antes de tudo vocês vão ter que aprender a etapa mais importante desse esporte. Se equilibrarem em cima da prancha.
Marcelo: Ah professor, bora logo pro desafio, pegar as ondas!
Prof: Claro maninho, a gente ainda vai. Mas hoje não! Por hoje a aula vai ser só de tentar se equilibrar na prancha. Oque também é um desafio muito grande.
Marcelo: Eu não acho que isso seja tão dificil assim, é moleza!
Antônio: Então tenta garanhão, você não é o profissa, haha.
Marcelo: Olhem só!
Marcelo sobe em cima da prancha, e Antônio e o professor se olham já sabendo que vai dá errado. E não dá outra, Marcelo não consegue se equilibrar e logo cai na água.
Prof: Hahaha tá vendo maninho, as coisas não são tão simples como parece.
Antônio: "Iiiiiiih" vai Marcelo! Vai querer saber mais que o professor, tomou palhaço! Hahahaha.
Marcelo: Cala boca vai!
Prof: Bom, bora parar de enrolar e já praticar! Se liguem maninhos, primeiro vocês tem que deitar de bruço na prancha, assim!
Ele demostra para os jovens, que o acompanha.
Prof: Exatamente assim! Agora que vocês estão deitados, vocês tem que se levantar com todo cuidado pra prancha não sair do lugar.
Então ele ensina o passo a passo a seus alunos.
EM SALVADOR - NO SUPERMECADO.
Heitor está apresentando Luíza para o chefe do comércio.
Heitor: Nicolas essa é a Luíza, a moça que te falei.
Nicolas: Oi Luíza, tudo bem minha nega?
Luíza: Tudo e o "sinhô"?
Nicolas: Tudo bom! Fiquei sabendo que tú quer trabalhar em meu supermercado.
Luíza: Quero sim! O "sinhô" vai me dá o emprego não é?
Nicolas: Mas rapaz, claro que vou! Já é sua. Inclusive tú já pode começar amanhã, teu horário é das 6 ás 11:30 da manhã, e o salário e de 900 reais por mês, tá bom pra você?
Luíza: Mas tá otimo! Obrigada mesmo viu "sinhô" Nicolas e mais uma vez obrigado "sinhô" Heitor, por ter me solicitado.
Heitor: Não há de que Luíza.
Nicolas: E tú Heitor, vai mesmo se mudar pro Rio?
Heitor: Vou sim, senhor Nicolas!
Nicolas: Mas porque homem?
Heitor: Ah, porque Salvador pra mim já deu. Eu quero mudar de clima, começar uma nova vida.
Nicolas: E que dia você vai se mudar?
Heitor: Amanhã mesmo, até já aluguei minha casa.
Nicolas: Olha rapaz, você vai fazer muita falta em meu comércio, tú é um grande camarada.
Heitor: O senhor também é um grande amigo, mas sempre que eu puder eu prometo vir visitar vocês.
Diz com um sorriso.
ANOITECE - RJ - NO BAIRRO DE JESUS AMADO - NA CASA DE ANTÔNIO - NA COZINHA.
Antônio e sua familia estão jantando.
Vera: Hummmmm, como sempre sua comida está divina Olívia.
Olívia: Obrigada minha sogra.
Almir: E então meninos, gostaram do primeiro dia de aula de surf?
Marcelo: Eu gostei!
Antônio: Eu também!
Marcelo: Só que esse negócio de surfar é muito complicado!
Almir: Mas é porque vocês começaram agora, mas quando vocês pegarem o jeito, irão virar profissa como eu fui na juventude.
Olívia: É mesmo, o pai de vocês era muito bom no surf, não sei porque ele parou.
Diz Olívia tirando os pratos da mesa.
Almir: Ah meu amor, a gente vai chegando a idade, vai desanimando, mais eu tenho certeza que vocês meus filhos, ainda vão chegar lá.
Diz convicto.
Antônio: É, nós vamos tentar. Olha pai, valeu mesmo por ter colocado a gente nessa aula.
Marcelo: É mesmo pai, obrigado por ter atendido o nosso pedido.
Almir: Que isso meus filhos, só gosto de ver vocês felizes!
Vera: Olha, daqui uns dias eu quero ver vocês surfando hein.
Antônio: Hahaha, pode deixar vó!
Eterno Verão.
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