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Autor - Lucas Bonifácio.
Capítulo 21.
SALVADOR - NA CASA DE HEITOR - NA SALA.
Heitor está sentado no sofá segurando um porta retrato onde tem a foto dele e de Neuza, ele olha a imagem e se lembra dos bons momentos que teve com sua esposa, mas também se lembra quando a flagou com o amante. Ele começa a chorar, e joga o porta retrato na parede.
Passam - se alguns minutos.
RJ - NO BAIRRO DE JESUS AMADO - NA CASA DE ANTÔNIO.
Almir e Vera já chegaram, Antônio e Marcelo estão abraçados com a avó.
Antônio: A senhora está mesmo bem vó?
Vera: Não se preocupe meu filho, agora eu estou melhor.
Ela beija o rosto de Antônio.
Olívia: Nossa dona Vera, eu sinto muito por esse acontecido. Posso imaginar o quanto a senhora está transtornada com tudo isso.
Vera: Não minha nora, é como disse pro meu filho, eu sofrir muito na hora em que recebi a notícia, mas agora vou pegar firme na fisóterapia e vou com tudo pra cima desse obstáculo. Se Deus quiser, logo, logo vou voltar a andar! Tenho esperança!
Olívia: É isso mesmo. A senhora tem que ser forte, guerreira!
Olívia pega na mão de sua sogra.
Almir: Mamãe sempre foi assim, otimista!
Vera: Bom, eu só espero não dá muito trabalho pra vocês, porque vou depender de vocês pra quase tudo.
Olívia: Imagina dona Vera, a senhora é minha sogra, e pode contar com a gente pra oque precisar. E também vai ser ótimo te ter morando com a gente! As vezes é chato ser a única mulher da casa no meio de tantos homens.
Olha para os filhos e o marido.
Almir: Nossa meu amor, do jeito que você falou parece até que você não gosta da gente.
Marcelo: É mesmo mãe! Desfazendo de nós.
Vera: Ai, homens, não entendem mesmo as mulheres. Oque a minha nora quis dizer é que é bom ter mais uma mulher dentro de casa, pra conversar.
Almir: Mas a gente também sabe conversar.
Olívia pega no queixo de Almir.
Olívia: Mas é conversas intimas meu amor, coisas de mulher!
Ela dá um selinho em seu marido. Antônio e Marcelo se olham.
Vera: É isso mesmo meu filho, conversas que homens não tem que ficar metendo o pedelho, e que não são inteligentes o suficiente pra entender.
Olívia: Exatamente! Vem dona Vera, vou te apresentar seu quarto.
Ela sai empurrando Vera na cadeira de rodas, e as duas se encaminham para o quarto sorridentes. Antônio, Marcelo e Almir as observa.
Almir: É meus filhos, agora estamos no meio de duas cúmplices.
SALVADOR - NO HOSPITAL - NA RECEPÇÃO.
Luíza está chorando escorada na parede, Geovanna se aproxima dela com um copo com agúa.
Geovanna: Toma amiga, bebe um pouco de agúa, você precisa se acalmar!
Entrega a bebida.
Luiza: Eu tô com medo Geovanna.
Diz em lágrimas.
Geovanna: Calma amiga, vamos mandar energias positivas a ela. Vai ficar tudo bem, calma!
Geovanna abraça Luíza que toma a agúa trêmula. O médico se encaminha em direção a elas, Geovanna o ver.
Geovanna: O médico vem vindo amiga!
Ele se aproxima delas tenso.
Doutor: Qual de vocês duas é a filha da mãe Nira?
Luíza: Sou eu mesma doutor! Me diga, como está mainha?
O médico abaixa a cabeça buscando palavras para se expressar.
Luíza: Ora essa "sinhô" doutor, fale, como está mainha?
Pergunta ansiosa.
Doutor: O caso da mãe Nira foi de parada cardiaca, ela chegou no hospital com os batimentos muito fracos. Tentamos anima - la com aparelho, mais ela acabou não resistindo, e chegou a óbito.
Luíza: Oque? Não, não, é mentira do "sinhô"! Mãe Nira não pode ter morrido...O "sinhô" está mentindo!
Luíza entra em desespero, não acreditando.
Doutor: Eu sinto muito.
Luiza: Para! (Grita) - Ele está mentindo não está Geovanna? (Se vira para a amiga que está chorando e em seguida para o doutor) - Isso não é verdade, o "sinhô" está mentindo pra mim, mainha não morreu!
Começa a chorar.
Doutor: Calma Luíza, eu entendo a sua dor, é muito doloroso receber uma notícia dessa mais...
Luíza: Para com isso! (Grita em lágrimas) - Eu sei que ela está viva! "Mainhaaaa", eu quero ver mainha!
Luíza sai correndo desesperada.
Geovanna: Luíza espera!
O doutor e Geovanna vão atrás da jovem.
Luíza: Mainha está viva! Eu sei que ela está viva!
Corre entrando na sala de emergência, Luíza ver mãe Nira morta em cima da maca.
Luíza: Mainha! (Toca a falecida) - Mainha acorda! Sou eu, Luíza, tua filha! Mainha fala comigo! Mainha?
A balança desesperada, a mãe de santo não dá nenhum sinal.
Luíza: Mainha? Mainha pelo amor de Deus acorda! Mainha fala comigo, por favor! Mainha?
Insisti em acorda - la, Geovanna e o médico adentra na sala, e a amiga de Luíza fica em choque ao ver a cena.
Luíza: Mainha fala comigo! Mainha? Mainha? "Mainhaaaaaaaa"!
Luíza dá um grito de dor, e chora incontrolavelmente abraçada ao corpo de mãe Nira.
Geovanna: Amiga pelo amor de Deus, tenta se acalmar.
Geovanna segura Luíza.
Luíza: Eu quero a mãe Nira de volta Geovanna, eu quero ela de volta!
Geovanna: Eu estou com você amiga, calma!
Diz em lágrimas, abraçando Luíza que chora nos braços de Geovanna desesperada.
NO RIO DE JANEIRO - EM UMA SORVETERIA.
Antônio, Marcelo, Olívia, Almir e Vera estão tomando sorvete.
Olívia: Fazia tempo que não saiamos assim, em familia.
Almir: Vamos repetir isso mais vezes meu amor.
Vera: Filho, eu não quero me aproveitar da sua bondade, mas já que estamos aqui eu quero te fazer um pedido.
Almir: Sim mamãe?
Vera: Depois que terminamos o sorvete, vamos a praia?
Almir: Ai mamãe, uma hora dessa? A praia fica a 3 km daqui.
Olívia: Deixa de preguiça meu amor, vamos! É bom que a gente passeia mais um pouco.
Marcelo: É mesmo pai, e a vóvó tem que conhecer o lugar onde ela vai morar.
Almir: Tá bom, então a gente vai a praia!
Vera: Ai, obrigado filho.
Agradece Vera feliz.
EM SALVADOR - EM UMA RUA.
Luíza e Geovanna estão indo embora, Luíza está abalada.
Geovanna: Meu Deus, não dá nem pra acreditar que a mãe Nira morreu. Que pesadelo!
Luíza: Mainha morreu por minha causa!
Diz Luíza abalada com os olhos caindo lágrimas.
Geovanna: Não foi culpa sua amiga, porque você está falando desse jeito?
Luíza começa a chorar e sai correndo.
Geovanna: Luíza a onde você vai? "Luizaaaa"!
Ela corre atrás de sua amiga.
RJ - NA PRAIA DE IPANEMA.
Antônio e sua familia chegam e observam o mar.
Vera: Que vista meu Deus! Aqui é lindo!
Diz a senhora com um sorriso.
Olívia: Realmente a praia de Ipanema é magnifica!
Vera: Pena que não posso entrar nesse mar maravilhoso. Mas estou muito feliz em ver essa paisagem que tanto gosto.
Almir abraça e beija o rosto de sua mãe, a familia continuam a olhar o mar.
EM SALVADOR - NA MESMA FLORESTA EM QUE LUÍZA LEVOU ANTÔNIO.
Luíza está de frente com um lago, Geovanna chega.
Geovanna: Ai meu Deus, onde a Luíza está?! Ela veio por aqui.
Geovanna ver Luíza de longe.
Geovanna: Luíza!
Luíza pula dentro do lago na tentativa de se suicidar.
Geovanna: Ai meu Deus! "Luizaaaaaaaa".
Geovanna sai correndo e pula dentro do lago. Com muito custo Geovanna consegue tirar a amiga do lago a levando para a superfície.
Geovanna: Meu Deus, oque é isso Luíza?! Você tá ficando doida? Quer me matar do coração?
Fala nervosa e preocupada. Luíza chora em voz alta.
Luíza: A mãe Nira morreu por minha causa, "Geovannaaaaaaa". Eu sou um castigo! Eu mereço morrer!
Geovanna: Para com isso Luíza, você não tem culpa de nada. Meu Deus, para com isso!
Luíza desaba em lágrimas de dor e Geovanna abraça a amiga.
....
Trilha sonora "Eterno Verão" 🌊☀️♥️
Eterno Verão.
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