CAPÍTULO 003
Escrito Por GLALBER E. DUARTE
Personagens do Capítulo: ALAN – RODRIGO – LUIZ – MAURO – LUCIANA – CAMILA – JOÃO PEDRO – CARLOS – VITÓRIA – MARIANA.
Apoio: SENHORA – FUNCIONÁRIO.
CENA 001. SALA DE AULA. INTERIOR. TERCEIRO ANDAR. RJ. DIA.
(Continuação imediata do capítulo anterior. TENSÃO. ALAN e RODRIGO rolam no chão, brigando. RODRIGO se sai na melhor, transferindo muitos murros na face do mocinho).
RODRIGO – Sua bicha do inferno. Você vai morrer. Morrer!
(LUIZ se levanta e com muito esforço, consegue separar a briga. Ele segura RODRIGO, que tenta se soltar. ALAN cospe sangue).
RODRIGO – Cuspa mais sangue, otário.
ALAN – Isso não irá ficar assim. Não irá mesmo!
(ALAN sai do local).
RODRIGO – Agora pode me soltar. (T) Me solta, porra.
(RODRIGO se solta. LUIZ se afasta).
RODRIGO – Ei?! Tu vai aonde?
LUIZ – Ajudar o garoto.
RODRIGO – Depois de tudo o que ele me fez?
LUIZ – E o que ele te fez? Você veio aqui, atacando tudo e todos... Agora vem falar que a culpa é dele?! Pelo amor de Deus.
RODRIGO – Eu te disse LUIZ. Eu te disse. Não tolero esse tipo de gente na minha vida e esse garoto é um deles. Farei da vida dele um inferno, até ele sair daqui.Esse viadinho que me aguarde.
LUIZ – Eu não sou obrigado a ter que aturar certas bobagens suas. Passar bem!
(LUIZ sai. RODRIGO grita).
RODRIGO – Seu traíra!
CORTA PARA:
CENA 002. HOSPITAL SALGADO FILHO. INTERIOR. RJ. DIA.
(MAURO e LUCIANA entram no hospital público. O local está cheio. LUCIANA conversa com a atendente. Passa os dados e aguarda no banco, com MAURO).
MAURO – Você não quer mesmo que eu vá hoje ao trabalho?
LUCIANA – Sim, meu amor. Eu sou forte. Além do mais, seu salário será descontado se faltar. Ah, MAURO, eu não tô nem aí pra hora do Brasil. Bobear é coisa boba. Só tô um pouco tonta e enjoada...
MAURO – Tudo bem, então. Mas qualquer coisa, me liga, que eu saio correndo do trabalho a seu encontro.
LUCIANA – Seu chefe não irá falar nada?
MAURO – Irei avisá-lo.
(MAURO se levanta e beija LUCIANA. Ele fala, saindo).
MAURO – Já sabe. É só me ligar!
(MAURO sai).
CORTA PARA:
CENA 003. FACHADA DA CASA DE JOÃO E CAMILA. DIA.
(FUNDO: “Nem Luxo Nem Lixo – Rita Lee”. CLOSE na fachada da casa. Uma senhora entra no local).
CORTA RAPIDAMENTE PARA:
CENA 004. CASA. INTERIOR. SÓTÃO.
(JOÃO PEDRO abre a porta e a senhora entra).
JOÃO PEDRO – Seja muito bem-vinda. Sente-se, fique à vontade, que irei chamar a Madame.
(A senhora senta numa cadeira e observa o local, curiosa. JOÃO sai).
CORTA RAPIDAMENTE PARA:
CENA 005. SALA. INTERIOR.
(JOÃO PEDRO surge na sala e dá de cara com CAMILA).
JOÃO – Mulher! Vá se arrumar. Sua primeira cliente chegou!
CAMILA – Sério? Pensei que iria me chamar pra sair...
JOÃO – Para de deboche, garota. Tô falando sério.
CAMILA – E eu mais sério do que você. Eu que nunca te levaria a sério. Até eu debochando falo mais sério do que tu.
JOÃO – Esse seu gênio...
CAMILA – Não sou a Jasmine do “Alladin” para ter um gênio. Quem me dera... Ainda mais com três pedidos. Meu primeiro seria a riqueza, meu segundo a beleza e meu terceiro... Viver longe de você! Com licença, que vou me arrumar.
(CAMILA sai. JOÃO cruza os braços, aborrecido).
CORTA PARA:
CENA 006. UNIVERSIDADE. EXTERIOR.
(CLOSE na fachada da Universidade).
CORTA PARA:
CENA 007. UNIVERSIDADE. INTERIOR. SALA DA DIREÇÃO.
(CARLOS conversa com um coordenador. CORTA A MÚSICA).
CARLOS – Muitíssimo obrigado. Então ficarei na sala do terceiro andar. Valeu!
(CARLOS se vira para sair e dá de cara com VITÓRIA, que bufa).
VITÓRIA – O que você está fazendo aqui?!
CARLOS – Eu cursarei faculdade aqui, linda.
VITÓRIA – Não me venha de graça, garoto.
FUNCIONÁRIO – Ei, ei. Alto lar. Isso daqui é uma Universidade. Ordem.
CARLOS – Desculpe-me, pois já estava de saída.
FUNCIONÁRIO (p/ VITÓRIA) – O que a senhorita quer?
VITÓRIA – É meu primeiro dia aqui. Cursarei Direito e gostaria de saber em qual sala ficarei.
FUNCIONÁRIO – Tudo bem, um momentinho, que irei olhar nas pastas. Qual é teu nome?
VITÓRIA – VITÓRIA. VITÓRIA ALENCAR.
(O FUNCIONÁRIO abre a pasta a qual estava manuseando, quando CARLOS surgira na sala).
CARLOS (p/ VITÓRIA) – Estamos na mesma querida.
VITÓRIA – Não acredito que cursará Direito também?
FUNCIONÁRIO – E acreditem. Serão colegas de turma. VITÓRIA, você é da mesma sala que o CARLOS.
(CARLOS e VITÓRIA olham para o FUNCIONÁRIO, depois olham um pro outro).
CARLOS / VITÓRIA – É como?!
CORTA PARA:
CENA 008. PÁTIO DA UNIVERSIDADE. INTERIOR.
(MARIANA está entretida no telefone-celular, até que recebe uma ligação de um número desconhecido).
MARIANA – Alô? (T) É, eu não entendo, o sinal tá péssimo, deixe-me ir para um local melhor.
(MARIANA levanta-se e anda, procurando sinal).
MARIANA – Agora eu consigo te ouvir. (T) Pode falar.
(A feição de MARIANA muda, ao ouvir da ligação. De feliz, para triste, desesperada. Ela tonteia. TRISTEZA).
MARIANA – N-n-não... Eu... Eu... Eu não consigo acreditar. Meu Deus. Não! Não! Não! Isso é trote, não pode ser possível. Minha mãe, não! Ela não po/ (T) Não! Minha mãe não pode ter morrido, meu Deus. Meu Jesus amado, eu não posso acreditar.
(MARIANA larga o telefone e tonteia. Não aguenta e desmaia. CAM afasta. Frisa).
CORTA PARA:
A SEGUIR CENAS DOS PRÓXIMOS CAPÍTULOS
- LUCIANA leva as mãos à cabeça.
- LUCAS e RODRIGO discutem.
- ALAN e LUIZ conversam.
FIM DO CAPÍTULO
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